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Capital

"Sentimento é de impotência", diz mãe que teve filha agredida em escola

Menina de 12 anos apanhou da mãe de um aluno que invadiu a sala de aula

Adriano Fernandes e Geisy Garnes | 23/07/2019 22:01
Aglomeração de crianças tentando ajudar a menina. (Foto: Reprodução/Vídeo)
Aglomeração de crianças tentando ajudar a menina. (Foto: Reprodução/Vídeo)

O sentimento é de impotência, descreve a doméstica, de 31 anos, que teve a filha, de 12, agredida pela mãe de um aluno em uma escola no bairro Buriti em Campo Grande. “Estou abalada, com uma sensação de impotência por isso ter acontecido no lugar onde ninguém espera. Onde estavam os seguranças, as orientadoras que não viram essa mãe passar pela escola e agredir minha filha dentro da própria sala de aula?”, desabafou a mãe.

O caso ocorreu nesta segunda-feira (22) na Escola Municipal Professor José de Souza. À reportagem, a mulher deu uma versão diferente da relatada pelo garoto, após o desentendimento. 

“Minha filha contou que ele pediu um abraço para ela, mas ao invés de abraçar, pisou no pé dela e em seguida começou a ameaçar bater no rosto dela. Ela pediu para ele parar e numa dessas tentativas, ele acertou o olho dela no momento em que ela tentava desviar dos tapas. Foi quando ela puxou a mão dele e o machucou”, comenta a doméstica.

A mãe conta que só ficou sabendo do ocorrido depois de toda a confusão. “Eu cheguei na escola e dei uma bronca nela, pois não aprovo esse tipo de briga e só depois um guarda perguntou se eu era mãe da vítima. Daí o chão acabou para mim”, completa.

A doméstica ainda detalha que devido as agressões a filha esta com hematomas na cintura, arranhões nos braços, rosto e com dificuldades para dormir. A expectativa de que a mulher seja punida, só não é maior que a preocupação de que a criança possa ficar traumatizada. 

“Eu espero que ela arque com as consequências. Ela subiu na minha filha, bateu, puxou cabelo. Mas minha maior preocupação ainda é com minha filha, para que ela não fique com sequelas, pois nem dormir ela está conseguindo”, conclui.

O caso - Ontem, por volta das 9h, a agressora foi chamada na escola após ser informada que o filho estava se queixando de fortes dores nos dedos, após a briga. Antes de sair, ela perguntou qual seria a punição para a menina e soube que ela levaria uma advertência verbal.

Inconformada a mulher, que é esteticista resolveu procurar a garota, que estuda no 9º ano com outro filho dela, de 15 anos. Entrou na sala de aula e a viu no fundo. “Foi você quem machucou o dedo do meu filho?”. Segundo ela, a garota teria rido e respondido ironicamente: “Foi”.

Revoltada com a resposta que considerou ofensiva, ela começou a agredir a garota. Na confusão, outra menina caiu no chão e bateu a cabeça. Os alunos tentaram ajudar a estudante agredida. A guarda municipal foi acionada para retirar a mulher da sala. Os pais das duas garotas foram chamados e o caso foi parar na delegacia.

Toda a confusão foi registrada em vídeo. O caso está sendo investigado na Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), que apura se a lesão sofrida pelo garoto e na DEPCA (Delegacia de Proteção à Infância e Adolescência), que investiga a agressão da mãe dele contra a menina.

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