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Capital

Agentes defendem sistema de câmeras nas escolas, mas faltam verbas

Também apresentaram medidas preventivas para ajudar na segurança das unidades

Leonardo Rocha | 26/04/2019 11:21
Audiência pública ocorreu na Câmara Municipal (Foto: Leonardo Rocha)
Audiência pública ocorreu na Câmara Municipal (Foto: Leonardo Rocha)

Os representantes das forças de segurança ressaltam que a instalação de videomonitoramento nas escolas municipais da Capital seria a melhor alternativa para ampliar o controle e segurança das unidades, no entanto reconhecem que faltam recursos para implantar o sistema e que por isso precisam buscar parcerias e emendas federais.

Estas informações foram repassadas nesta manhã (26), durante audiência pública na Câmara Municipal, onde foi discutidas medidas para tornar as escolas mais seguras, como uma forma de prevenção e evitar o que ocorreu em Suzano (SP), onde dois atirados provocaram a morte de dez pessoas e mais de 20 feridos.

O secretário municipal de Segurança, Valério Azambuja, ressaltou que para instalar o sistema de câmeras nas 94 escolas municipais, o custo seria em torno de R$ 5.225.370,10. “Como faltam recursos, a alternativa é buscar por meio de emendas federais, junto aos deputados e senadores”, explicou.

Valério citou duas escolas (municipais) já contam com este monitoramento, tendo bons resultados, a E.M. Fauze Scaff e a E.M. Frederico Soares. “A região central, por exemplo, que já tem este controle (câmeras), temos uma fiscalização mais efetiva dos entornos das escolas”.

Fábio Benites Lopez, que formou um plano de segurança patrimonial às escolas, disse que houve um estudo e definição de dados desde 2015, com o uso de tecnologia e pessoal, para monitorar as escolas. “O plano está pronto, mas não foi colocado em prática por falta de verba, mas estamos aptos para fazer convênios com a Polícia Militar, Civil e Guarda Municipal”.

Guardas municipais participaram da audiência na Câmara (Foto: Leonardo Rocha)
Guardas municipais participaram da audiência na Câmara (Foto: Leonardo Rocha)

Alternativas – Valério disse que a Guarda Municipal já faz as rondas na entrada e saída dos estudantes municipais, com ações de prevenção e até cuidado no trânsito. “Todos os dias fazemos esta atividade, ainda com vistoria dos entornos, sem contar os projetos de palestras e conscientização”.

Ele citou medidas que podem ajudar na segurança, como melhorar iluminação pública perto das escolas, aumento dos muros das unidades, manutenção dos portões, aumento de rondas e limpeza de terrenos (baldios) nos arredores.

Ação imediata – O tenente-coronel da Polícia Militar, Luiz Antônio, disse que além das atividades de prevenção no ambiente escolar, já está se estudando um protocolo para ações imediatas. “Estamos ouvindo experiências de outros estados e países, para saber como agir em casos extremos, que envolve não apenas os policiais, mas até os funcionários das escolas, sobre como se portar nestas situações”.

Manuais – A coordenadora da SED (Secretaria Estadual de Educação), Paola Nogueira Lopes, disse que a secretaria está criando manuais para identificar e encaminhar para ajuda, estudantes com problemas. “Muitas vezes viu a mãe sofrer violência doméstica a noite inteira e vai de manhã para escola”. Também se busca uma “roda de conversa” com os profissionais para tratar do tema, além de colocar os jovens na discussão.

Para o tenente-coronel, sem esta ação educacional e até de orientação, a ação de segurança só com atividade policial, “tem pouca relevância”. A audiência teve a condução dos vereadores Hederson Fritz (PSD), Eduardo Cury (SD) e Odilon de Oliveira Júnior (PDT).

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