ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, SEXTA  29    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Ano novo começa com aflição para quem perdeu o pet durante foguetório

Estouro de fogos de artifício cria momento tenso para quem tem animais de estimação; relatos sobre fuga de cães e gatos aumentam após o Natal

Humberto Marques | 01/01/2018 14:20
Aires busca Mina, que desapareceu assustada em meio a queima de fogos no Réveillon. (Imagens: Reprodução/Facebook)
Aires busca Mina, que desapareceu assustada em meio a queima de fogos no Réveillon. (Imagens: Reprodução/Facebook)

Se para muita gente as queimas de fogos são um jeito de embelezar a chegada do Ano Novo, para dezenas de pessoas esse jeito de saudar 2018 trouxe o sofrimento da perda de seus animais de estimação. Uma breve visita em grupos de rede sociais em Campo Grande permite aos internautas lerem relatos sobre cães e gatos que, assustados em meio à barulheira da última noite, escaparam. E é no próprio ambiente virtual que donos desesperados ou pessoas que abrigaram animais se empenham em devolvê-los aos lares de origem.

O autônimo Aires Queiroz, 51, é um exemplo. Na tarde desta segunda-feira, seu foco era conseguir localizar Mina, que desapareceu por volta das 23h de sua casa na rua Vítor Meirelles na região do Santo Eugênio –próximo à avenida Guaicurus. “Na hora que começou a queima de fogos ela estava dentro de casa. Não teve sossego um minuto sequer nessa noite”, disse ele.

“Acho que ela conseguiu escalar a grade, não teria outro jeito de ela fugir”, teoriza Aires, alertando que Mina, de cerca de um ano de vida, teve a primeira cria há poucos dias. O dono espalhou em grupos na internet os telefones (67) 99197-1855 e (67) 99866-4585 na esperança de que alguém tenha abrigado a cadela e possa a devolver.

Assim como Aires, várias outras pessoas relatam terem perdido cães e gatos no Réveillon –aumentando a lista de desaparecimentos de animais de estimação nos períodos entre o Natal e o 1ºde janeiro, coincidentemente quando o uso de fogos de artifício é maior.

Medo – “Eles têm muito medo [dos fogos de artifício], até escalam portões no desespero. Fora que alguns até passam mal por causa do barulho”, afirmou Mirian Murakani, que atua há anos no resgate e tratamento de animais em Campo Grande.

A própria Mirian afirma que, graças ao foguetório, alterou sua rotina nos finais de ano, dando prioridade ao conforto dos pets. “A minha mesmo achei que ia morrer”, afirmou, relatando o pânico de seu animal de estimação.

Na última virada, Mirian afirma que o número de desaparecimentos dos quais lhe informaram foi menor que na comparação com o fim de ano anterior. No entanto, casos de fuga já se fazem presente nos cinco grupos de animais perdidos que ela monitora –entre eles o Cão Perdido – Campo Grande, MS, Animais Achados e Perdidos, Adoção, Doação e Informações, e o Adoção/Doação Responsável de Animais – Campo Grande Ms.

Drico teve seu final feliz: depois de fugir na madrugada, foi resgatado e devolvido ao dono.
Drico teve seu final feliz: depois de fugir na madrugada, foi resgatado e devolvido ao dono.

Participação – A recomendação da ativista é que pessoas que perderam ou localizaram algum animal se valham da internet, principalmente das redes sociais, para realizar a divulgação. Fotos do pet e um contato são facilitadores para garantir que os mesmos possam voltar para casa com segurança.

Foi essa atitude que ajudou o professor de dança Leonardo Cunha, 22, a localizar o seu Drico nesta manhã. “Publiquei em páginas de ONGs, achados e perdidos e até na OLX. Não deu 15 minutos e me ligaram dizendo que ele foi localizado”, contou o morador da Vila Planalto, também relatando o sofrimento do cãozinho com os fogos.

“Ele ficou com muito medo. Por volta das 3h colocamos ele na frente da casa e ele fugiu por baixo do portão. Encontraram o Drico na parte de cima do bairro, chorando na chuva. A resgatante colocou ele dentro de casa, dormiu no quarto da filha dela”, contou Leonardo, recomendando o auxílio on-line nesses momentos. “Ajuda muito, acho que hoje é o melhor meio de busca de animais perdidos”.

Nos siga no Google Notícias