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Capital

Após 6 meses preso, Justiça entende que réu se defendeu e libera assassino

Cleyton Marques da Silva, de 28 anos, foi absolvido da morte de José Augusto Marques da Cruz

Geisy Garnes | 29/07/2021 09:40
José Augusto Marques da Cruz, 44 anos, foi morto a facadas na casa da ex (Foto: Marcos Rivany)
José Augusto Marques da Cruz, 44 anos, foi morto a facadas na casa da ex (Foto: Marcos Rivany)

Após passar seis meses preso, Cleyton Marques da Silva, de 28 anos, foi absolvido do assassinato de José Augusto Marques da Cruz, de 44, antes mesmo de ser enviado a júri popular. Ao analisar o crime, que aconteceu em janeiro deste ano, no Bairro Paulo Coelho Machado, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida entendeu que o rapaz agiu apenas para se defender e não tinha intenção de matar.

No dia 14 de janeiro, Cleyton estava na casa da ex-mulher de José Augusto, com uma amiga, quando ele chegou ao local. Exaltado, gritou pela moradora e balançou o portão até ser atendido. Ela estava dormindo, mas levou para falar com o ex.

Em depoimento à justiça, Cleyton contou que José já entrou na casa alterado, agredindo a ex-mulher. Exigiu os objetos pessoais que haviam ficado ali após a separação, mas a moradora insistia que não tinha mais nada dele no local. Ele e a outra colega pediram para ele parar com as agressões, mas não foram atendidas.

Ao contrário, a violência de José virou ameaças a Cleyton. No meio dessa discussão, o rapaz levou um tapa na cara e, neste exato momento, sacou uma faca que carregava e “passou” na vítima. Para o juiz, ele afirmou que não enxerga perfeitamente e, por isso, não viu onde acertou o golpe. Disse que agiu apenas em sua defesa e da amiga, que não tinha intenção de matar.

O depoimento de Cleyton, somado às provas produzidas pela polícia, influenciaram na decisão que absolveu sumariamente o rapaz. O entendimento de legítima defesa partiu tanto da defesa do réu, quanto do próprio Ministério Público, autor da denúncia por homicídio simples.

O histórico violento da vítima, que já havia quebrado o maxilar da ex-mulher e a agredia frequentemente, e o número de facadas dado pelo réu, contribuíram para a compreensão de que ele usou “os meios necessários” para parar José. Por esses motivos, foi absolvido por legítima defesa antes mesmo de ser enviado a júri popular. Após seis meses na prisão, ganhou a liberdade no dia 22 de julho.

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