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Capital

Foragido é condenado a 21 anos de prisão após aparição "relâmpago" em julgamento

Também julgados hoje, Lindomar Moreira foi inocentado e, Leandro Alves, condenado em regime aberto

Adriano Fernandes | 13/07/2022 19:41
Alex Alexandre Marques Moreno em depoimento por meio de videoconferência. (Foto: Henrique Kawaminami)
Alex Alexandre Marques Moreno em depoimento por meio de videoconferência. (Foto: Henrique Kawaminami)

Alex Alexandre Marques Moreno, de 30 anos, foi condenado a 21 anos de prisão após a sua aparição "relâmpago" no julgamento em que ele era o principal acusado, nesta quarta-feira (13) em Campo Grande. Foragido da Justiça, Alex depôs de última hora no Tribunal do Júri por meio de videoconferência, respondeu vagamente que estava em uma chácara no Capão Seco, distrito de Sidrolândia, mas depois sumiu novamente. Até o celular usado pelo réu na ligação deu inválido quando o oficial de Justiça tentou saber qual a sua localização exata.

Diante do sumiço do réu o juiz Aluizio Pereira dos Santos decretou a prisão preventiva de Alex, que foi condenado por homicídio qualificado, porte de arma e ocultação do cadáver de Wando Maximino Nunes, assassinado aos 17 anos, com um tiro na cabeça, na madrugada de 23 de setembro de 2018. O corpo da vítima foi encontrado naquele mesmo dia, de bruços, no leito do Córrego Lageado, próximo da BR-163, na área rural de Campo Grande.

Pelo crime de ocultação do cadáver, também sentaram no banco dos réus nesta quarta-feira (13), Lindomar Moreira dos Santos, 26 anos, que foi inocentado e Leandro Alves do Nascimento, de 28 anos, condenado a dois anos e seis meses, mas em regime aberto.

O caso - Na denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Wando estava com grupo de amigos na Rua Reverendo Martin Luther King, no Jardim Campo Alto, em Campo Grande: Lindomar Moreira dos Santos, 26 anos, Leandro Alves do Nascimento, 28 anos, e Luiz Junior Flores da Silva, o “Bruxo”, 39 anos.

Consta que Alex Macedo se aproximou, de carro, e atirou para o alto. Desceu e foi até o grupo, questionando: “Quem que tá pagando de ferro para mim aí?”, ou seja, quem estava armado. Todos negaram e disseram que o respeitavam. Alex mandou que eles levantassem a camisa e aí viu, no cós da bermuda de Wando uma pistola. Era simulacro, ou arma de brinquedo. Alex chamou o adolescente para um canto e disse que queria “trocar uma ideia” e chegou a retirar o carregador da própria pistola. Porém, em seguida, quando o garoto estava de costas, carrego a pistola e atirou na cabeça de Wando. Depois, sob ameaça, mandou que o corpo fosse retirado do local.

Por videoconferência, Alex admitiu o crime, mas disse que o disparo foi acidental. Após matar o adolescente, diz que foi embora. Na denúncia do MPMS, consta que ele teria obrigado os outros três a levar o cadáver para lugar ermo. Lindomar e Leandro Alves participaram da sessão de julgamento presencialmente. Já Luiz Junior Flores da Silva, também acusado pelo mesmo crime de ocultação, teve o processo desmembrado.

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