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Capital

Após mais de um ano presa por homicídio, mãe de santo é absolvida

Durante a sessão, os jurados entenderam que não procedia a informação de que “Mãe Maria” teria instigado e facilitado a execução da vítima

Adriano Fernandes | 17/01/2019 20:00
“Mãe Maria” durante o seu depoimento, nesta quinta-feira. (Foto: Henrique Kawaminami)
“Mãe Maria” durante o seu depoimento, nesta quinta-feira. (Foto: Henrique Kawaminami)

Levada a júri nesta quinta-feira (17) depois de passar um ano e quatro meses na prisão, Ana Maria Calixto, de 59 anos, conhecida como “Mãe Maria” foi absolvida pelo conselho de sentença. 

Ela era acusada de envolvimento no assassinato do ajudante de tornearia, Hélio Teixeira da Costa, de 29 anos, em seu terreiro, no bairro Jardim Tijuca, em janeiro de 2017. Durante a sessão, os jurados entenderam que não procedia a informação de que “Mãe Maria” teria instigado e facilitado o homicídio.

Quanto à acusação de que ela teria agredido a vítima com chutes, a promotoria relatou que para a devida comprovação, seria necessário um exame de corpo de delito específico na vítima que obviamente, não é mais possível. Contudo, ela foi absolvida e sairá da prisão assim que cumprido o alvará de soltura.

O crime - Hélio Teixeira da Costa, de 29 anos, foi espancado e assassinado com um golpe de faca no pescoço em 29 de janeiro de 2017, após uma discussão com a mãe de santo Ana Maria Calixto, de 59 anos, em seu terreiro no Jardim Tijuca.

Um dia antes do crime, ainda 28 de janeiro de 2017, a vítima teria ido à casa da mãe de santo, onde funcionava um centro de candomblé e estava sendo realizada a “festa de Exú” e ido embora durante a noite.

Na madrugada seguinte, Hélio teria retornado à residência, visivelmente embriagado e foi violentamente agredido a socos e pontapés. Quando a vítima mal conseguia se mexer, o cunhado da mãe de santo, José Glebeson de Lira, de 34 anos, conhecido como ‘lagoinha’, e mais o auxiliar de cozinha de Três lagoas que também participara da festa, Arislan Rios da Silva, 40, o arrastram até o veículo da mulher para matá-lo fora do terreiro.

O esposo da mãe de santo, Gleibson José de Lira, o “lagoa”, de 36 anos, dirigiu o veículo, enquanto os outros acusados continuaram a agredir Hélio. Lucas Rodrigues de Almeida, com 18 anos na época, teria, inclusive, dado golpes de faca na cabeça da vítima ainda viva e depois cortado seu pescoço.

O trio foi preso sete meses depois do crime, no dia 3 de agosto, após a polícia receber uma denúncia anônima contando o que havia acontecido na noite da festa. Na época, os presos atribuíram o crime ao que chamaram de 'briga de espíritos' e que a vítima havia recebido um santo, com o nome de "Exu 7 facadas".

Eles recorreram da sentença e tiveram seu julgamento suspenso até decisão dos recursos.

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