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Capital

Bebê de 7 meses morre e pais são presos por suspeita de maus-tratos

Segundo laudo médico, a criança apresentava desnutrição, palidez, lesões no testículo e no pênis

Viviane Oliveira e Mirian Machado | 25/06/2019 10:30
Criança já chegou morta no UBS Nova Bahia (Foto: arquivo/Campo Grande News)
Criança já chegou morta no UBS Nova Bahia (Foto: arquivo/Campo Grande News)

Um bebê de 7 meses, identificado como Miguel, morreu em casa e os pais, com idades de 25 e 20 anos, foram presos por maus-tratos. O caso aconteceu no último sábado (22), mas foi divulgado pela Polícia Civil ontem à noite (24). No domingo, o casal foi liberado pela Justiça para responder ao processo em liberdade. 

A criança foi levada pelos pais para o Centro Regional de Saúde do Nova Bahia. Lá, o médico do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que prestou atendimento constatou situação de maus-tratos, desnutrição e acionou a Polícia Civil.

Equipe do GOI (Grupo de Operações e Investigações) foi até a residência, localizada na região norte da cidade, e lá confirmou as condições crítica do local, sem mínima higiene e possíveis maus-tratos. Havia lesões no testículo e no pênis, que segundo o laudo médico, foram causadas por falta de higiene.

Além do bebê, o casal tem mais três filhos, sendo um de sete meses (gêmeo da criança que morreu), de 1 ano e 8 meses e de 4 anos. Hoje de manhã, a reportagem foi até a casa da família e conversou com a mãe. O pai estava trabalhando e as crianças na casa de uma avó.

Sem entrar muito em detalhes, a mulher relatou que por volta das 7h de sábado, deu mama para o menino e o colocou no carrinho na varanda para limpar a casa. Mais tarde, às 10h, deu mais leite para a criança, que voltou a dormir. Depois do almoço, por volta das 14h, o pai foi tirar o neném do carrinho e viu que o filho não se mexia.

“Ficamos desesperados e o levamos para o posto de saúde”. Porém, a criança já estava morta. Quanto à lesão no pênis, a mãe afirma que foi causada por assadura. À polícia, os pais contaram que o menino era prematuro, fazia acompanhamento com nutricionista para engordar.

Por envolver criança, os nomes dos pais são preservados por imposição do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro, mas será investigado pela DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). 

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