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Capital

Força-tarefa flagra filas e aglomerações em atacadistas da Capital

Fiscalização do cumprimento das regras de biossegurança, ganhou reforço do Procon

Adriano Fernandes e Jhefferson Gamarra | 08/04/2021 21:50
Fiscais do Procon andando entre os clientes de atacadista. (Foto: Paulo Francis)
Fiscais do Procon andando entre os clientes de atacadista. (Foto: Paulo Francis)

Filas, aglomerações e quantidade de clientes acima da capacidade recomendada. A sequência de irregularidades segue ocorrendo em supermercados da Capital, mesmo diante dos números alarmantes da pandemia. A força-tarefa que fiscaliza o cumprimento das regras de biossegurança nestes estabelecimentos, iniciou os trabalhos desta noite (08) em três dos atacadistas mais movimentados da Capital. Em todos eles o panorama era praticamente o mesmo.

No Atacadão da Avenida Duque de Caxias era grande a fila de clientes na entrada. Nem todos respeitavam o distanciamento, resultando em pequenas aglomerações, dentro e fora da unidade. Perto dali, na mesma avenida o Assai atendia 256 clientes, quando o máximo permitido deveria ser 225.

Conforme decreto municipal os estabelecimentos comerciais só estão autorizados a funcionar com a metade de sua capacidade, para diminuir o risco de contágio pelo novo coronavírus.  Os fiscais também constaram que os cartazes indicando a quantidade de pessoas aceitas na loja, não estavam visíveis.

Clientes reunidos em hortifrúti de atacadista. (Foto: Paulo Francis)
Clientes reunidos em hortifrúti de atacadista. (Foto: Paulo Francis)

No Fort Atacadista da Avenida Presidente Vargas, não havia demarcação de distanciamento na fila dos caixas, nem controle de entrada e saída de clientes. Nas três unidades, havia aferimento de temperatura e fornecimento de álcool em gel logo na entrada. Apesar da situação, a auxiliar de logística Larisa Oliveira, diz que se sente segura indo aos supermercados.

“Todo mundo entra de máscara, dão álcool em gel na entrada, somente nos horários de pico é que fica lotado”, comenta. Já a dona de casa Suelen Silva, acha o contrário, mas admite que vai aos estabelecimentos  por necessidade.

Fila para entrar no Atacadão da Duque de Caxias. (Foto: Paulo Francis)
Fila para entrar no Atacadão da Duque de Caxias. (Foto: Paulo Francis)

“É um entra e sai danado, por ser um supermercado grande deviam redobrar os cuidados e oferecer luvas aos clientes. Os de bairros levam mais a serio as restrições, é difícil encontrar aglomerações. Fico com medo, mas venho por necessidade, ainda mais porque estou grávida”, disse enquanto fazia compras no Fort.

Já o autônomo Anderson Trajano é mais radical. “Esse decreto não devia nem existir. O que tem que ter de verdade é um tratamento precoce, todo mundo sabe disso. Isso ai não resolve nada, nem fiscalização e nem o decreto”, diz.

A força-tarefa que fiscaliza o cumprimento das regras de biossegurança nos supermercados na Capital, ganhou o reforço do Procon (Proteção e Defesa do Consumidor), nesta quinta-feira (08).

Também integram os trabalhos fiscais da Vigilância Sanitária, Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), Guarda Civil Metropolitana e Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). Até o próximo sábado (10) a fiscalização se resume a abordagens e orientações, mas a partir de domingo (11), caso haja reincidência os estabelecimentos poderão ser multados e até interditados.

Corretor lotado de clientes fazendo compra em atacadista. (Foto: Paulo Francis)
Corretor lotado de clientes fazendo compra em atacadista. (Foto: Paulo Francis)

“É a primeira vez que o Procon participa da fiscalizações, justamente para orientar os responsáveis dos supermercados a cumprirem as regras de biossegurança, conforme prevê o decreto municipal” subsecretário do Procon, Cleiton Thiago Almeida Pereira.

A fiscalização também vai passar por conveniências, bares e restaurantes, apurando qualquer possível irregularidade. Os trabalhos seguem noite adentro, quando o foco dos fiscais é o descumprimento do toque de recolher, das 22h às 05h.

Pandemia - O novo coronavírus já causou 2.074 óbitos na Capital, desde o início da pandemia e infectou 88.252 pessoas. Há 800 moradores em isolamento domiciliar e 609 em tratamento nos hospitais.

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