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Caravana da Saúde abre exceção para evitar viagem perdida de pacientes

Os atendimentos na Caravana da Saúde começaram no dia 4 de dezembro e vão até o dia 16 de dezembro

Geisy Garnes e Bruna Pasche | 13/12/2018 11:09
Cirurgias acontecem até o dia 16 (Foto: Henrique Kawaminami)
Cirurgias acontecem até o dia 16 (Foto: Henrique Kawaminami)

Profissionais da Caravana da Saúde precisaram, nesta quinta-feira (13), abrir exceções para não verem pacientes vindo do interior voltarem para casa sem atendimento. Pelo segundo dia consecutivo, moradores de vários municípios só descobriram o fim do prazo para as consultas ao chegarem em Campo Grande.

Os atendimentos na Caravana da Saúde começaram no dia 4 de dezembro. Do primeiro dia até terça-feira (11), os profissionais realizaram as consultas nos pacientes que passariam por cirurgias de catarata e também de pterígio - que é o crescimento de um tecido transparente do olho. Foram, ao todo, 400 exames por dia.

Com o fim dos exames, os atendimentos ficaram exclusivos as cirurgias e a pós-operatórios. No entanto, os prazos não chegaram para muitos dos moradores do interior, que continuaram a pegar a estrada até a Capital.

Alciso Ferreira dos Santos, de 75 anos, veio de Nova Alvorada do Sul - município 120 quilômetros de Campo Grande - acompanhado do filho com o transporte da prefeitura do cidade. Eles chegaram às 5 horas e foram direto ao antigo prédio da Auto Peças Rocket - localizado na Rua Maracaju com a Avenida Ernesto Geisel.

“A Saúde Secretaria Municipal de Saúde falou que gente na quinta-feira passada que tinham agendado a consulta para essa quinta. Mas quando chegamos aqui ficamos sabendo que tinha acabado as consultas e não tinha nada agendado”, explicou o filho de Alciso, Marcio Bobbo da Silva.

A mesma situação aconteceu com Carlos Ferreira, de 55 anos, que saiu de Coxim só para passar por atendimento na Caravana. A solução foi novamente abrir uma exceção para moradores de fora da cidade e atender um grupo de 10 pessoas nesta quinta-feira. Ontem, pelo menos 50 pacientes foram atendidos da mesma forma, mas evitar a viagem atoa.

Darci dos Santos Silva de Souza, de 50 anos, também veio de Nova Alvorada do Sul com catarata no olho direito e por alguns minutos viu a chance de operar ir embora pela segunda vez.

No ano passado Darci passou por todos os exames para finalmente fazer a cirurgia, mas ao entregar os resultados descobriu que havia perdido o prazo e por isso não podia mais operar. “Graças a deus consegui a exceção. Se não tinha perdido de novo”, contou.

A aposentada Vera Lúcia Pereira do Carmo, de 55 anos, é de Campo Grande, mas precisou procurar a Caravana após começar a sentir a vista embaçada e também coceiras no olho que operou no ano passado, também durante o mutirão de atendimento. Segundo os médicos ela precisava de um limpeza na lente.

A organização da Caravana reforçou ao Campo Grande News que apesar das exceções desta manhã, as consultas não vão mais acontecer. O atendimento segue apenas com as cirurgias, que começaram no dia 7 e vão até o dia 16. A meta é de 300 cirurgias por dia.

Nova Alvorada - Segundo a Saúde Secretaria Municipal de Saúde de Nova Alvorada do Sul, a primeira informação repassada aos municípios era de que todos os atendimentos, ao seja, consultas e cirurgias, aconteceriam até o dia 16 de dezembro. A nova data só foi confirmada apenas na terça-feira, quando os pacientes já estavam com a vinda a Capital agendada.

No caso de Alciso Ferreira, a Secretaria Municipal informou que tentou entrar em contato com a família para avisar do cancelamento das consultas, mas não obteve sucesso.

Alciso Ferreira e o filho vieram de Nova Alvorada do Sul (Foto: Henrique Kawaminami)
Alciso Ferreira e o filho vieram de Nova Alvorada do Sul (Foto: Henrique Kawaminami)
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