ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 19º

Capital

Com a 14 quase pronta, Rui Barbosa recebe estudo para transformação

Na via, uma das mais movimentadas do Centro, está prevista instalação de corredor do transporte coletivo

Marta Ferreira | 19/07/2019 06:36
Equipe trabalha nos levantamentos para elaboração de projeto do corredor de mobilidade na Rui Barbosa, que será executado após entrega das obras na 14 de Julho. (Foto: Schettini Engenharia)
Equipe trabalha nos levantamentos para elaboração de projeto do corredor de mobilidade na Rui Barbosa, que será executado após entrega das obras na 14 de Julho. (Foto: Schettini Engenharia)

A rua mais antiga do Centro de Campo Grande, a 14 de Julho, está de cara nova e tem previsão de ser entregue renovada à população até dezembro de 2019, depois de anos de expectativa da para revitalização da região, ou requalificacão, como a Prefeitura chama tecnicamente esse tipo de intervenção. Pois enquanto a via, um dia chamada só de “Beco”, está quase em seus finalmentes, equipes elaboram o projeto de transformação de outra rua antiga e crucial na vida de quem anda pela área central da cidade, principalmente os usuários de transporte coletivo: a Rui Barbosa.

Diferente da 14, onde os clientes a pé são os mais beneficiados com as mudanças, na Rui Barbosa, o objetivo principal é organizar o tráfego de ônibus, criando o tão esperado corredor do transporte coletivo, sonho de décadas entre os campo-grandenses. O estudo, ao custo de R$ 620 mil, vai definir como serão as interferências em trecho de 8 quilômetros da rua, desde quando ela começa, próximo à UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) até onde termina, na avenida Rachid Neder, no bairro São Francisco. 

Na rua - Vencedora da licitação aberta em janeiro e concluída agora em julho, a construtora Schettini Engenharia, de Campo Grande, é a responsável pelo trabalho. Com prazo até o dia 28 de novembro, a empresa começou o estudo pelos levantamentos topográficos, pontapé de qualquer obra do tipo, e de geotécnica, usados para estabelecer como deve ser o pavimento necessário para a região. Biólogos e arquitetos também trabalham para dar suporte ao estudo.

Coordenador do projeto, o engenheiro civil Ricardo Schettini acredita ser possível concluir essa primeira fase em 30 dias. A empresa formou o consórcio CIA Schettini para elaborar o projeto de requalificação da 14 de Julho.

Schettini explica que para o corredor de mobilidade, nome oficial do empreendimento público, a previsão é de duas características diferentes para as intervenções. Do início da Rui Barbosa até a Avenida Fernando Correa da Costa, estão previstas reorganização viária, nova sinalização, tratamento da parte arbórea e implantação de estações de embarque e desembarque. Vai ser assim, também, no trecho da Mato Grosso até a Rachid Neder.

Da Fernando Correa até a Mato Grosso, no "Centrão", entra o tratamento apelidado de “classe VIP”. O padrão é parecido com a repaginada feita na 14 de Julho, com calçada diferenciada e alterações substanciais no trecho destinado ao tráfego de ônibus.

Haverá faixa exclusiva para os veículos do transporte coletivo, do lado esquerdo. Eles vão ocupar 4 metros da pista na maioria da extensão. Onde forem implantadas as estações de embarque e desembarque, a faixa para os ônibus vai dobrar.

Nesses pontos, a ilha de desembarque vai ser feita onde hoje é apenas pista. Isso, informa o engenheiro, se deve à necessidade de preservar espaço para as calçadas e para os pedestres, além de assegurar que as fachadas dos empreendimentos comerciais não sejam prejudicadas.

Com o corredor implantado, a expectativa é de permitir ampliação da velocidade dos coletivos da média atual de 16 quilômetros para 25 quilômetros. De acordo com Schettini, isso é possível graças ao maior espaço para tráfego.

O engenheiro faz a ressalva de que os veículos de passeio vão compartilhar a via com os ônibus, mas a prioridade será para o transporte de passageiros. A Rui Barbosa é, historicamente, a rua por onde passam mais coletivo em Campo Grande. A quantidade aumentou depois da retirada do trânsito desse tipo de veículo da 14 de Julho.

Arte: Ricardo Oliveira
Arte: Ricardo Oliveira

Planos – A Prefeitura pretende começar os serviços em janeiro. Elas serão tocadas por uma empresa ainda a ser contratada. O investimento estimado é de até R$ 30 milhões. A Rui Barbosa faz parte do corredor de transporte sul, planejado para Campo Grande. No total, são 17 quilômetros.

Com o contingenciamento de recursos do orçamento da União, que haviam sido previstos em 2012, a Prefeitura decidiu incluir a requalificação da via como extensão do Projeto Reviva Campo Grande, em andamento na 14 de Julho.

O Reviva Campo Grande é financiado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que destinou US$ 56 milhões, cerca de R$ 200 milhões para todo o projeto. A iniciativa também inclui reconfiguração das ruas transversais à 14, no quadrilátero entre as ruas Mato Grosso, Calógeras, Fernando Correa da Costa e Padre João Crippa. 

De acordo com a coordenadora de projetos especiais da Segov (Secretaria de Governo), Catiana Sabadin, nesse trecho, a previsão é de trabalho menos complexo que na 14 de Julho, onde até a fiação foi retirada. Para essa etapa, posterior às intervenções na Rui Barbosa, um consórcio venceu, neste mês, a licitação para elaboração do projeto executivo, e receberá R$ 666 mil. Integram o consórcio as empresas Coba S.A, de Portugal, Coba LTDA, do Brasil e ainda Nova Engevix, brasileira.

Com as alterações previstas, ônibus terão faixa exclusiva e vão andar mais rápido, segundo o projeto. (Foto: Kisie Ainoã)
Com as alterações previstas, ônibus terão faixa exclusiva e vão andar mais rápido, segundo o projeto. (Foto: Kisie Ainoã)
Nos siga no Google Notícias