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Capital

Grupo é condenado por golpe do cartão que movimentou 108 mil

Alertada sobre risco de clonagem, vítima, preferencialmente idosa, entregava cartão para golpista

Aline dos Santos | 01/10/2020 12:55
Grupo foi preso em maio do ano passado por golpes a idosos. (Foto: Clayton Neves)
Grupo foi preso em maio do ano passado por golpes a idosos. (Foto: Clayton Neves)

Com mentores em São Paulo e vítima em Campo Grande, a maioria idosos, um grupo foi condenado por estelionato e organização criminosa pela 3ª Vara Criminal.

As vítimas relataram que recebiam ligação telefônica , na qual a pessoa se identificava como funcionária de instituição bancária e queria confirmar uma compra realizada no cartão. Com   a negativa, a funcionária levantava a hipótese de clonagem.

 A orientação era cortar o cartão, preservando o chip, e colocando num envelope. Na sequência, o material deveria ser a entregue a um motoentregador. O desfecho do golpe era que o cartão era usado para compras no débito e crédito.

De março a abril do ano passado, foram relatados golpes que totalizaram movimentação de R$ 108 mil. O esquema foi descoberto quando o Garras (Delegacia Especializada Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) prendeu Ramão Edivaldo Escobar Filho. Ele já havia participado em 2009 de assalto à casa do então prefeito Nelsinho Trad. Ramão tinha 12 cartões furtados.

De acordo com a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), os mentores do golpe ficavam em São Paulo. O grupo tinha várias máquinas de cartão.

Reginaldo da Silva, com residência em São Paulo, gerenciava as ações. As vítimas eram captadas por Alisson Pereira Carlos. Já Ramão Edivaldo Escobar Filho, Wilson Botelho Vieira Filho, Christifer Franco Marçal e Gabriel Luis Gonçalves da Silva eram responsáveis pelo recolhimento dos cartões das vítimas, recebendo R$ 250 por cada.

Na sequência, os cartões eram entregues para Helder Vinicius Teodoro dos Santos, Elilson Queiroz Amorim Santos e Bruno Vilas Boas Botelho Batista.

 Condenações – Reginaldo foi condenado a dez anos de prisão. A pena foi de cinco anos para Elilson, Ramão, Wilson, Helder, Christifer e Bruno. A condenação para Gabriel foi de 4 anos. Alisson e Luana Patrícia da Bezerra (que fazia ligações se passando por funcionária do banco) foram condenados a sete anos.

A juíza Eucélia Moreira Cassal determinou ressarcimento de R$ 65 mil às vítimas. O valor é inferior ao prejuízo porque houve casos em que houve ressarcimento ou o valor da compra não foi liberado.

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