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Capital

Comerciantes se dividem entre quem comemora ou lamenta o Carnaval

Na Fernando Correa da Costa clima é de otimismo com vendas mas na 14 de Julho temor é com sujeira e falta e educação

Rosana Siqueira e Maressa Mendonça | 21/02/2020 19:43
Neste ano, Carnaval volta a ser realizado na Fernando Correa da Costa. (Foto: Silas Lima)
Neste ano, Carnaval volta a ser realizado na Fernando Correa da Costa. (Foto: Silas Lima)

Os comerciantes que trabalham na Avenida Fernando Corrêa da Costa e na Rua 14 de Julho, onde o Carnaval promete bombar a partir de hoje, se dividem na expectativa pelos efeitos da folia de Momo. Os da Fernando Corrêa, avenida com mais lanchonetes e conveniências, comemoram a festa, e esperam aumento nas vendas. Já os que atuam na 14 de Julho, rua cheia de lojas, lamentam a tradição da sujeira e falta de educação dos foliões.

Na Avenida Fernando Corrêa da Costa, onde acontece o Carnaval da Prefeitura, os lojistas estão animados. Para quem abre nos festejos o lucro é certo. É o caso da comerciante Ângela Maria da Silva, 48 anos que aposta em renda turbinada.

Ela diz que vai colocar até um balcão fora da lanchonete para atender a clientela. “Quando tem evento é muito bom, a gente rala, mas é gratificante”, salienta lembrando que nestes dias eles fecham a lanchonete de dia e abrem a noite.

Nilson Yule Osmar. (Foto: Silas Lima)
Nilson Yule Osmar. (Foto: Silas Lima)

O comerciante Nilson Yule Osmar de 60 anos concorda que a data é muito boa e elogia a segurança em eventos do tipo. “Nunca vimos nada dentro do evento de Carnaval na Fernando, é muito família”, diz ele. Osmar ressalta que são dias de muito trabalho, mas compensa. “Não só o Carnaval, mas quando tem evento é bom, porque ultimamente movimento caiu e o prejuízo que tem durante todo o ano recuperamos no Carnaval”, argumentou. Na lanchonete, eles reforçaram o estoque para atender bem os foliões.

A dona de uma conveniência na avenida, Kelly Oliveira 22 anos, também é favorável à festa. Ela reforçou o estoque de água e cerveja para garantir o atendimento da noite. “Vamos acompanhar a folia”, destacou lembrando no entanto que também costuma abrir apenas uma porta par atender a clientela. “Acreditamos que o movimento dobra neste período”, salientou.

Banheiros químicos já foram dispostos na pista. (Foto: Silas Lima)
Banheiros químicos já foram dispostos na pista. (Foto: Silas Lima)

Rua 14 de Julho – No outro lado do Centro, mais precisamente perto da Esplanada Ferroviária, na Rua 14 de julho em frente ao Dom Bosco a opinião é muito diferente.

O comerciante Josimar Rocha Omar de 32 anos, que trabalha com conserto de fogões e tem loja na Rua diz que é músico instrumentista e entende que Carnaval é importante, mas ele reclama da sujeira e falta de educação dos foliões. “Eles fazem as necessidades todas na frente do estabelecimento. Já chega mais cedo para poder limpara frente da loja”, salienta lembrando que fecha amanhã e só abre na quinta-feira.

A opinião é compartilhada por Elaine Sobreira 43 anos, que trabalha em uma loja agropecuária. Ela diz que sonho dela é tentar tirar o Carnaval da 14 de julho. Com a interdição ele afirma que fica ruim para os clientes chegarem. Fora a sujeira e cheiro forte de urina e fezes quando a folia termina. “Teve dia de eu chegar e não estar limpo. Não tenho nada contra o Carnaval. É uma diversão, mas o povo nem sempre sabe se divertir”, conclui.

Lanchonetes na Fernando Corrêa da Costa. (Foto: Silas Lima)
Lanchonetes na Fernando Corrêa da Costa. (Foto: Silas Lima)
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