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Capital

Escola onde aluno se feriu começa dia com debate sobre uso de armas

Para eles, a instituição de ensino não teve culpa do ocorrido com o aluno

Ricardo Campos Jr. e Danielle Valentim | 18/10/2018 07:34
Movimentação de alunos nesta quinta-feira no Colégio Adventista (Foto: Daniele Valentin)
Movimentação de alunos nesta quinta-feira no Colégio Adventista (Foto: Daniele Valentin)

O caso do menino que deu um tiro na própria perna ao levar a arma do pai na escola não afetou a rotina do Colégio Adventista de Campo Grande, onde o incidente aconteceu. Para os pais que deixavam os filhos no local nesta quinta-feira (18), a instituição não teve culpa do ocorrido, mas a situação abre margem para o debate sobre a liberação do porte de armas.

“Ficamos preocupados nesse momento com esse discurso de ódio durante a campanha eleitoral, mas eu sou da seguinte opinião: se a pessoa quiser ter uma arma, ela tem um direito de ter. No meu caso, não teria. O que aconteceu na escola não passou de uma fatalidade”, opina a administradora Adeli Santos, mãe de um estudante do Adventista.

Já a advogada Ivone Conceição da Silva pensa diferente. “Eu fico preocupada com essa situação, mas trato isso como acidente. A culpa não é da escola. Com relação ao porte de arma, sou contra, totalmente contra. O acesso a elas vai piorar a situação e os pais que trabalham com o uso de armas devem ter mais cuidado”.

Márcio diz ser a favor de Bolsonaro, mas discorda da opinião do candidato sobre a liberação das armas (Foto: Daniele Valentim)
Márcio diz ser a favor de Bolsonaro, mas discorda da opinião do candidato sobre a liberação das armas (Foto: Daniele Valentim)

Missionário da Primeira Igreja Batista da Capital, Márcio Ricti trabalha há 26 anos no presídio e diz conhecer de perto a situação do porte de armas.

“Sou a favor do candidato Jair Bolsonaro, mas discordo quanto ao porte de armas para o cidadão de bem. Sei como que isso acaba, conhecendo o que a arma pode fazer, sei que a liberação aumentaria os casos de feminicídio e homicídio dentro das famílias, por exemplo”, completa.

Risco - O pequeno, de 9 anos, é filho de um agente da perícia da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública). Entrou com a pistola modelo 640 no colégio, escondida dentro de uma lancheira.

O tiro acertou a própria perna e o pé do garoto. Ele foi socorrido em uma ambulância particular da empresa Qualisalva e levado para o Proncor e depois para o Prontomed da Santa Casa de Campo Grande. Seu quadro clínico é considerado estável.

Em nota, a direção lamentou o ocorrido e informou que “está prestando a assistência necessária à criança, à família e à polícia na investigação”.

O comunicado diz que o socorro foi chamado imediatamente, enquanto os demais colegas foram encaminhados para outra sala, onde ficaram em segurança. “A segurança e bem-estar emocional dos alunos é preocupação primordial neste momento. Os alunos que presenciaram o ocorrido e todos os que sentirem necessidade terão atendimento psicológico”.

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