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Capital

Funcionária de loja denuncia patrão por humilhação e ameaça de morte

Empresário sírio já responde a processo por assédio moral a outra empregada, segundo advogado da vendedora

Caroline Maldonado e Mariely Barros | 06/08/2022 17:23
Advogado da jovem, Ronei Barbosa, em frente à delegacia (Foto: Kísie Ainoã)
Advogado da jovem, Ronei Barbosa, em frente à delegacia (Foto: Kísie Ainoã)

Grávida de quatro meses, a jovem Ana Carla de Castro Silva, de 24 anos, procurou a polícia para denunciar ameaças de morte que afirma ter sofrido do patrão em loja de acessórios de celular, na Avenida Afonso Pena.

Ela conta que foi tapeada para assinar um recibo, enquanto ele procurava o dinheiro na carteira. Depois de assinado, o empresário disse que não pagaria porque ela não havia trabalhado e ele não tinha o valor, em seguida fez ameaças, segundo ela.

Ela resolveu fazer a denúncia, porque hoje (6) foi à loja buscar um pagamento de R$ 1,2 mil, referente ao salário, mas ele não quis pagar. No entanto, as ameaças seriam antigas. Ela pediu demissão há dois meses, mas o chefe teria dito que ela o devia e se parasse de trabalhar na loja mandaria agiotas para matá-la.

“Peguei atestado porque estou tratando uma infecção. Ele disse que ia pegar o dinheiro, enquanto eu assinava o recibo. Depois que assinei, ele disse que não ia pagar. Comecei a reclamar e ele disse que ia dar um fim em mim, porque tinha dinheiro e era fácil sumir comigo e que eu serviria de exemplo para as outras funcionárias”, contou Ana Carla.

Segundo o advogado de Ana Carla, Ronei Barbosa, o empresário já responde a processo por assédio moral em que foi condenado na primeira instância.

"Vamos pedir rescisão do contrato de trabalho porque ela está com muito medo. Também vamos entrar com processo na esfera penal pela ameaça sofrida por ela e também na esfera trabalhista, porque ela está trabalhando de forma totalmente diferente da norma trabalhista, sem receber pelos dias trabalhados e outros direitos do trabalhador”, disse Ronei.

O advogado conta que o patrão disse ainda que "nunca viu cadela perder filho", quando ela reclamou de ter que permanecer sob sol forte, oferecendo produtos na rua.

A jovem que está na loja há um ano e quatro meses relata que o empregador contratou apenas mulheres nesse tempo e já agrediu a todas verbalmente. Além disso, segundo ela, a loja não tem água e nem banheiro para as funcionárias.

“Ele fala que todas são burras e se saírem dali vão conseguir apenas emprego de limpar chão”, disse.

A reportagem tentou contato, por telefone, com o empresário, mas ele não atendeu as ligações.

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