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Capital

Golpista é preso tentando vender casas em bairros nobres sem dono saber

Rafael Ribeiro e Marcus Moura | 23/05/2017 12:25
Casa que seria vendida pelo estelionatário: polícia agora investiga identidade da mulher (Foto: Marcus Moura)
Casa que seria vendida pelo estelionatário: polícia agora investiga identidade da mulher (Foto: Marcus Moura)
Detalhes da fechadura e dobradiças dos portões de entrada da casa danificados para o acesso do golpista
Detalhes da fechadura e dobradiças dos portões de entrada da casa danificados para o acesso do golpista

Um homem de 40 anos foi preso pela Polícia Civil de Campo Grande enquanto fazia uma falsa negociação de imóveis de destaque em bairros de alto padrão da Capital, na última segunda-feira (22). A polícia ainda investiga a identidade da mulher que acompanhou o indiciado nas ações.

Segundo a polícia, o caso veio à tona quando um empresário de 54 anos procurou a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da região central para relatar que por pouco não deu R$ 400 mil ao acusado pensando que fecharia a comprar de um imóvel no bairro Santa Fé (região central da Capital). Na verdade, a casa já tinha proprietário. Que nada sabia sobre a negociação.

De acordo com o relato da vítima, assim que viu o anúncio do local, ela iniciou as negociações com o que seria o casal de proprietários, de Aquidauana (a 135 km de Campo Grande).

Com o acerto do pagamento e todos os documentos em mãos, aparentando serem verdadeiros, a vítima resolveu verificar o nome da vendedora na internet e percebeu algo errado: a dona do perfil era morena, enquanto a mulher com quem negociou era loira. Resolveu ir à polícia.


“Na matrícula do endereço do terreno tinha um endereço de contato, nós fomos até o endereço e achamos uma placa de aluga-se com um telefone. Liguei para o número e o verdadeiro dono atendeu muito surpreso, pois eles não estavam vendendo o imóvel. No sábado mesmo fomos a delegacia e fomos instruídos a conversar com o delegado na segunda-feira”, disse a vítima, ao Campo Grande News.


Ainda em seu relato, os golpistas deram indícios de que se tratava de um golpe. Dobradiças e fechaduras tinham sinais de violação. E o acusado não sabia explicar onde ficava os cômodos da casa em uma visita. “Nos enrolaram para fornecer nomes de referência com quem já tinham negociado”, disse.


Adanilto Ferreira de Jesus Luiz foi preso em um cartório da região central da Capital, quando aguardava as vítimas para assinar o varão da transferência da posse do terreno. O golpista portava documentos inclusive particulares falsificados e preferiu ficar em silêncio ao ser indiciado por estelionato.


“Eles tinham documentos de identidade mais perfeitos que o meu, isso me preocupa pois mostra que existe uma quadrilha muito bem organizada que produz documentos falsos no Estado. Era impossível perceber que o documento era falso tinha selo e marca d'agua tudo muito bem elaborado”, completou a vítima.

OBS: matéria editada às 10h50 do dia 24/5 para correção de informações.

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