Incêndio acaba com vegetação e fumaça toma conta de bairro
Para conter as chamas, três viaturas e dez bombeiros militares foram até o local
RESUMO
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Incêndio de grandes proporções atinge terreno baldio no Jardim TV Morena, em Campo Grande. A fumaça densa se espalhou pelo bairro, causando transtornos aos moradores. O Corpo de Bombeiros mobilizou três viaturas e dez militares, que controlaram as chamas em pouco mais de uma hora, evitando que o fogo atingisse um terreno vizinho. Moradores relatam que incêndios no local são frequentes, especialmente nos meses de julho e agosto, e reclamam da falta de limpeza do terreno, que seria de propriedade de uma construtora e estaria embargado pela justiça. O tenente Rocha, do Corpo de Bombeiros, confirmou que apenas a vegetação foi atingida e não houve feridos. Ele reforçou a proibição de atear fogo em áreas urbanas, principalmente durante a estação seca.
No início da tarde deste sábado (19), incêndio de grande proporção tomou conta de um terreno baldio na Rua Flávio de Matos, Bairro Jardim TV Morena, em Campo Grande. A fumaça e as fuligens se espalharam pela região e causou transtornos aos moradores. A sugestão chegou pelo Direto das Ruas.
Para conter as chamas, três viaturas do Corpo de Bombeiros e dez bombeiros militares foram até o local. A equipe trabalhou por pouco mais de 1 hora para controlar o incêndio e evitar que as chamas se alastrassem para outro terreno ao lado.
Vídeo gravado pelo Campo Grande News mostra a dimensão do lote e a vegetação praticamente toda queimada.
Conforme informações de moradores, uma loja de materiais de construção próxima do terreno, acabou sendo atingida e um caminhão começou a pegar fogo.
Jair Fernandes, de 63 anos, morador próximo do local, diz que até usou balde com água para tentar apagar.
“A fuligem está toda no chão. O fogo veio vindo, veio vindo e chegou aqui. Eu joguei água para não invadir as folhas aqui, eu e meu filho apagamos com balde para não vir para cá. Todo ano é assim. Eles metem fogo lá no fundo e vem tudo para cá. Eles não limpam isso aí”, reclamou.
Ainda de acordo com ele, o terreno pertence a uma construtora. “Está nas mãos do juiz, está embargado. Não pode construir nada, e ninguém limpa”, completou.
A designer de sobrancelhas, Déliz Manoela, de 32 anos, também compartilha da mesma reclamação que o Jair.
“Todo ano é desse jeito. Sempre na mesma época, julho e agosto. Por causa da ventania, começa a se alastrar. Mas, dessa vez, o fogo veio lá do fundo. Esse mato é do ano passado, queimou, cresceu de novo, e agora queimou outra vez. Aí seca, e no ano que vem é a mesma coisa. Não mantém limpeza nenhuma, sempre fica desse jeito, e isso acaba sendo perigoso para a gente”, disse.
De acordo com informações do tenente Rocha, do Corpo de Bombeiros, que atendeu à ocorrência, o fogo atingiu somente a vegetação e não se alastrou para as residências. Também não houve feridos.
“Nosso primeiro trabalho foi garantir a segurança das casas ao redor. Agora, estamos fazendo o rescaldo da área atingida. Essa época do ano é muito seca, e o fogo pode se alastrar rapidamente, trazendo risco para os moradores. Na verdade, dentro da área urbana, em momento algum é permitido colocar fogo, ainda mais nesse período seco”, alertou.
A PMA (Polícia Militar Ambiental) informou que vai ampliar a fiscalização nos municípios de Mato Grosso do Sul, com aplicação de multas a partir de R$ 5 mil por fração ou hectare de área queimada. Já nas áreas rurais, as penalidades podem chegar a R$ 10 milhões por hectare, conforme previsto no Decreto Federal nº 6.514/2008.
“Desde o início do ano, a corporação tem atuado por meio da Operação Prolepse, visitando propriedades que foram atingidas por incêndios em anos anteriores, orientando sobre os riscos e ilegalidades do uso indiscriminado do fogo”, disse em nota.
No ano passado, a PMA aplicou, somente na região do Pantanal, o total de R$ 10.294.505,00 em multas relacionadas a incêndios causados, com 1.694,86 hectares de áreas comprometidas na zona rural.
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