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Capital

Licitação chega ao fim e reforma do Belas Artes vai custar R$ 3,1 milhões

Projeto do Centro prevê dança, teatro e música e obra deve ser inaugurada no final de 2020

Izabela Sanchez | 28/02/2020 08:52
Por enquanto, a única "arte" parece ser esse pequeno monte de entulhos no centro da obra vazia, a espera de ser retomada (Foto: Marcos Maluf)
Por enquanto, a única "arte" parece ser esse pequeno monte de entulhos no centro da obra vazia, a espera de ser retomada (Foto: Marcos Maluf)

Mais uma etapa do histórico projeto do Centro de Belas Artes – em seus muitos “siga-e-pare”- chega ao fim nesta sexta-feira (28) e tudo indica, segundo a secretaria de obras da Prefeitura, que até o final de 2020 a obra será finalmente finalizada. A Vale Engenharia venceu licitação por R$ 3.175.125,66.

O valor é quase R$ 1 milhão a menos do que a referência da licitação, em R$ 4,1 milhões. Concorreu com a empreiteira a Meta Construtora, que ofereceu R$ 3.614.314,11 pelo contrato.

A Prefeitura deu continuidade a esse certame aos 45 do segundo tempo de 2019, com valor reduzido após questionamentos do TCE-MS (Tribunal de Contas Estadual) que provocou a suspensão do processo lançado em agosto de 2019.

Inserida nos anexos da licitação, imagem indica possível projeto estético da fachada e entrada do Centro (Imagem: Reprodução)
Inserida nos anexos da licitação, imagem indica possível projeto estético da fachada e entrada do Centro (Imagem: Reprodução)

O projeto prevê reforma completa, desde as instalações hidráulicas, elétricas, acessórias até a arquitetura, passando por iluminação, aparelhagem de ar condicionado, esgotamento e controle de água da chuva.

Prevê a instalação de eletrodutos, para-raios, redes de tubulação, saídas de emergência com informações como placas e luminárias de emergência e barra anti-pânico, degrau antiderrapante e guarda-corpo nas saídas de emergência.

Na avaliação do secretário de obras da Prefeitura de Campo Grande, Rudi Fioresi, a obra começa no fim de março e fica pronta no final de novembro. O projeto prevê instalar sistema de iluminação de emergência para permitir a saída fácil e segura do público do complexo em caso de interrupção da alimentação normal de energia.

O projeto ainda detalha pavimentação de parte do piso com granito polido, madeira, carpete e esquadrias metálicas. As portas de madeira, segundo o projeto, também serão substituídas e as paredes revestidas com azulejo.

Nesta reprodução do projeto é possível ver a ideia inicial do setor que fica à beira da linha de trem, no complexo da obra do Centro de Belas Artes (Imagem: Reprodução)
Nesta reprodução do projeto é possível ver a ideia inicial do setor que fica à beira da linha de trem, no complexo da obra do Centro de Belas Artes (Imagem: Reprodução)

Anos e anos - Mais que um elefante branco, o maior símbolo de obras abandonadas de Campo Grande, o “Centro de Belas Artes”, é uma metamorfose. Começou há 26 anos, no governo de Pedro Pedrossian, e seria uma rodoviária. Atravessou administrações e inacabada, em 2007, decidiu-se que ali seria local de cultura.

Parte dos 14 mil metros quadrados de estrutura são marcados por milhões financiados sem que a obra chegasse ao fim. O “elefante branco de Campo Grande” é também símbolo de um vai e vem de intervenções do Ministério Público, por meio de aditivos à um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para que a estrutura fosse concluída, ainda em 2006.

Em 2007, a obra para um centro de cultura foi orçada em R$ 35 milhões. O senador Nelsinho Trad (PSD), à época prefeito, conseguiu do Ministério do Turismo R$ 8,3 milhões – valor que foi repassado em duas parcelas, uma em 2008 e outra em 2010. Na avaliação da atual administração, R$ 10 milhões já foram gastos.

A obra tem cerca de R$ 8 milhões frutos de dois convênios federais. Do dinheiro que já foi investido até agora, R$ 6 milhões são verbas federais e R$ 1,5 milhão do município. Dos 14 mil metros quadrados, somente 2 mil foram requalificados.

Os R$ 4,1 milhões avaliados, até agora, para concluírem a estrutura são recursos provenientes do Ministério do Turismo e de um financiamento com a Caixa Econômica Federal. A obra está parada desde 2012, e abandonada, virou moradia de quem não tem casa, atraiu dependentes químicos e a única “arte” que foi exibida por ali foram pichações.

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