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Capital

Parentes e amigos celebram em missa a vida de Mariana, morta no Peru

As viagens, a biologia e a admiração por Charles Darwin inspiravam a professora que morreu após grave acidente de ônibus no Peru

Adriano Fernandes | 21/01/2020 20:37
Cerimônia de 7ª dia da morte de Mariana Pires, na noite desta terça-feira (21). (Foto: Paulo Francis)
Cerimônia de 7ª dia da morte de Mariana Pires, na noite desta terça-feira (21). (Foto: Paulo Francis)

Familiares e amigos de Mariana Pires, de 28 anos, se reuniram nesta terça-feira (21) no Santuário Nossa Senhora Perpétuo Socorro, para uma noite de despedidas, mas também de celebração á vida da bióloga que se foi de maneira tão trágica. Mariana e o marido, o técnico em segurança do trabalho Danilo Alencar, de 30 anos, foram vítimas de um grave acidente de ônibus, no último dia 6, no Peru.

Danilo teve apenas ferimentos leves, mas Mariana precisou passar por cirurgias e morreu 9 dias depois no hospital. Vivas, continuara as lembranças de uma pessoa que era muito querida por todos. “Sem dúvida era uma das melhores pessoas que eu já conheci tanto como ser humano, como profissional, esposa. Ela era muito feliz ao lado do meu primo e os dois sempre se deram muito bem”, conta Bruno Alencar, de 30 anos, que é recepcionista é primo do esposo de Mariana.

Bruno conta que tanto Danilo quanto os pais da Bióloga, devem chegar por volta das 22h na Capital e boa parte da família, deve ir recebê-los no aeroporto. O corpo de Mariana deve chegar amanhã pela manhã. “Eu estarei lá para dar esse apoio para eles. Não consigo nem imaginar o tamanho do sofrimento que estão sentido depois de terem passado por tudo isso sozinhos”, lamenta. Sua esposa, a represententante de vendas Ana Soares, de 24 anos, diz que vai sentir falta do jeito carinhoso que a bióloga, que também era professora, tratava os seus dois filhos.

Bruno Alencar, primo do marido de Mariane. (Foto: Paulo Francis)
Bruno Alencar, primo do marido de Mariane. (Foto: Paulo Francis)

“Ela gostava muito dos meus filhos então fica essa lembrança. Para uma mãe, não existe demonstração de consideração maior do que uma pessoa que cuida e ama os nossos filhos. Então vou sentir muita falta dela”, comenta. O casal também recorda das lembranças de um período em que moraram em frente a casa de Mariana e Danilo. “Eu não saia de lá. Estávamos sempre juntas”, completa Ana. Outra característica marcante de Mariana era a paixão por viagens. “Eles adoravam um mochilão”, acrescenta. 

Depois do Peru, Mariane e Danilo planejavam ir até as Ilhas Galápagos e conhecer o arquipélago que encantou o biólogo Charles Darwin, maior ídolo de Mariane. “Já estávamos acertados, quando cheguei com essa ideia ela disse: ‘aí depois pode até vir um filho´. A nossa lista de viagens se estendia a toda América do Sul e depois ir pra Portugal.”, disse Danilo por mensagem encaminhada ao Campo Grande News.

O corpo da bióloga saiu de Lima nesta terça-feira (21) e a previsão de chegada em Campo Grande é às 10h35 desta quarta-feira (22). O velório está previsto para começar a partir das 13h30, no Jardim das Palmeiras, ao lado da UCDB. Na quinta-feira (23), após o velório o corpo da bióloga será encaminhado para Paranaíba onde ele será cremado. Segundo os familiares esse era o seu desejo.

O acidente – A bióloga e o namorado estavam em um ônibus da linha Lima-Arequipa, da empresa Cruz del Sur, que capotou e bateu em minivans estacionadas à beira da rodovia Panamericana Sur, na madrugada do último dia (6). O acidente aconteceu no distrito de Yauca, província de Caravelí, localizada no departamento de Arequipa. O acidente feriu 48 passageiros e matou mais 17.

 

Mariana e o marido em uma das viagens do casal. (Foto: Reprodução/Internet)
Mariana e o marido em uma das viagens do casal. (Foto: Reprodução/Internet)
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