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Capital

Motorista de aplicativo é preso após tentar estuprar passageira; há mais vítimas

Estuprador foi preso por policiais da 6ª CIPM e já está encarcerado na Deam

Adriano Fernandes | 07/06/2022 02:28
Carro em que o motorista de aplicativo tentou estuprar a mulher. (Foto: Direto das Ruas)
Carro em que o motorista de aplicativo tentou estuprar a mulher. (Foto: Direto das Ruas)

Uma mulher, de 28 anos, quase foi estuprada por um motorista de aplicativo, de 38 anos, durante uma corrida na Capital. O abusador foi preso por polícias da 6ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar) de Campo Grande, no começo desta madrugada (07) e levado para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

Conforme apurado pela reportagem, a mulher contratou uma corrida na Rodoviária de Campo Grande, por volta das 4h30 desta segunda-feira (06). A vítima havia acabado de chegar de viagem de Ponta Porã e iria se deslocar para a sua residência, no Bairro São Francisco. Entretanto, assim que entrou no veículo Ford Ka, ela percebeu que o motorista encerrou a corrida, mas mesmo assim, seguiu viagem.

Ele disse que iria abastecer e começou a passar por ruas escuras e de pouco movimento da Capital. Com medo da situação, a mulher ligou para o marido e o manteve na linha para tentar fazer com que o motorista não esboçasse nenhuma reação violenta, mas isso não foi o suficiente. Na região entre os bairros Vila Olinda e Vila Carlota, o homem avançou sobre a mulher no veículo. Enquanto era atacada, ela teve ferimentos no rosto, causados pelas unhas do estuprador. Ela conseguiu escapar e foi rapidamente atendida por uma equipe da 6ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar).

Ao longo do dia, inclusive, os militares do grupamento prestaram todo apoio à vítima, enquanto tentavam identificar o criminoso. No decorrer das buscas, os militares encontraram primeiro uma bolsa da vítima, que havia ficado no carro do motorista, e onde estavam seus cartões, joias e documentos pessoais. Na sequência, os militares encontraram outra mala, que também havia ficado no Ford Ka, mas que havia sido descartada pelo criminoso. Nela, estavam roupas e mochila com um notebook, além de nécessaire com produtos de higiene pessoal, como cosméticos e perfumes.

Buscas e identificação - Com base no depoimento da vítima, os militares foram até a Rodoviária de Campo Grande e, por meio das câmera de segurança, conseguiram identificar a placa do motorista de aplicativo.

Com base nela, eles descobriram o endereço do suposto estuprador, no Bairro Aero Rancho, mas o localizaram antes mesmo de chegarem ao local. Em deslocamento até a residência, os policiais avistaram um carro semelhante ao do criminoso na Avenida Thirson de Almeida, no prolongamento da Avenida Presidente Ernesto Geisel. Ao o abordarem, os policiais militares descobriram que o motorista era o suspeito da tentativa de estupro. Foi encontrado dentro do carro um óculos de grau e fone de ouvido preto.

Outro fator que chamou a atenção dos militares é que o motorista de aplicativo estava usando o mesmo boné laranja e a bermuda jeans que usou para ir buscar a vítima na rodoviária.

Não foi a primeira vítima - Em contato com outros motoristas de aplicativo em grupo de WhatsApp, os militares descobriram que o motorista já havia tentado estuprar outra passageira da Capital. Em contato com a mulher, os militares confirmaram que ela também havia sido atacada pelo estuprador e, inclusive, registrou um boletim de ocorrência contra ele poucos dias depois do crime. Ela foi orientada a comparecer na Deam para confirmar se o suspeito que tentou abusá-la foi o mesmo que atacou outra mulher nesta segunda-feira.

Ele nega - Encaminhado à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) por volta da 1h55 desta terça-feira (07), o homem negou ter abusado da vítima em depoimento. Segundo ele, a mulher teria apenas “se assustado e saído correndo” ao ver que ele estava seguindo uma rota diferente do trajeto indicado na corrida. Contudo, o depoimento da vítima não deixou dúvidas sobre a violência da tentativa de estupro e o trauma decorrente do ataque. 

O Campo Grande News acompanha os desdobramentos do caso.

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