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Capital

Na região de maior repressão ao tráfico, apenas 3 flagrantes são feitos ao mês

De janeiro até agora, foram realizados 29 flagrantes com 30 pessoas presas e dez adolescentes apreendidos

Viviane Oliveira e Clayton Neves | 19/09/2019 10:36
Operação Tolerância Zero foi desencadeada nesta manhã em três bairro de Campo Grande, sendo um deles na Vila Nhanhá (Foto: Clayton Neves)
Operação Tolerância Zero foi desencadeada nesta manhã em três bairro de Campo Grande, sendo um deles na Vila Nhanhá (Foto: Clayton Neves)

De janeiro até setembro deste ano, foram realizados apenas 29 flagrantes por tráfico de drogas, ou seja, são três casos por mês, na Vila Nhanhá, região considerada ponto de maior repressão ao tráfico de drogas em Campo Grande, de acordo com a Polícia Civil. Nesse período, 30 pessoas foram presas e dez adolescentes apreendidos pelo crime. Há oito anos, o bairro foi o primeiro  pacificado pela Polícia Militar numa investida contra o tráfico de drogas, o que parece não ter efeitos práticos.

Na manhã desta quinta-feira (19), a Polícia Civil deflagrou a Operação Tolerância Zero, para combater principalmente o tráfico “doméstico”, ou seja, o comércio de pequenas quantidades de drogas na região. Conforme o delegado Pablo Gabriel Farias da Silva, adjunto da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), o perfil das bocas de fumo mudou de um tempo para cá.

Segundo a explicação do delegado, os traficantes estão usando o chamado tráfico de “formiguinha” para movimentar os pontos de venda de drogas de forma itinerante, ou seja, nas esquinas dos bairros. Eles saem para as ruas com poucas porções embaladas. Quando as chamadas “paradinhas” acabam, voltam para a boca de fumo (que funciona como entreposto), reabastecem e continuam vendendo aos usuários. Dessa forma, o movimento se concentra nas ruas e não mais numa residência, chamando menos atenção da vizinhança e da polícia.

Além do tráfico de "formiguinha", ainda conforme Pablo Gabriel, existe o comércio feito por familiares que alugam até casas para se dedicarem ao crime. “É muito comum a gente prender o pai, depois a mãe, o filho. A família toda acaba se dedicando ao crime e a casa gira em função disso”, explicou.

Ação - A operação desta manhã já apreendeu dois quilos de cocaína, um quilo de pasta base de cocaína, maconha e aproximadamente R$ 7 mil em dinheiro, em Campo Grande. As investigações começaram há cerca de 20 dias para fechar pontos de vendas de drogas na cidade. Uma arma de fogo foi apreendida na casa de um dos alvos. Além da Nhanhá, a ação foi nos bairros Sayonara e Tijuca. No total, são cumpridos nove mandados de busca e apreensão. 

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