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Capital

No 1º dia de campanha, postos registram baixa procura por vacina contra a pólio

Em pelo menos dois postos, as crianças encontradas estavam na vacinação já prevista no calendário vacinal

Silvia Frias e Cleber Gellio | 08/08/2022 09:28
Edson e Pércida levaram a filha Laura para vacinação, mas era visita prevista no calendário vacinal. (Foto: Cleber Gellio)
Edson e Pércida levaram a filha Laura para vacinação, mas era visita prevista no calendário vacinal. (Foto: Cleber Gellio)

A campanha de vacinação contra poliomielite começou devagar em Campo Grande, com baixa procura em pelo menos dois postos visitados esta manhã pela reportagem. A intenção, além de imunizar contra paralisa infantil, também é atualizar o calendário vacinal de crianças e adolescentes até 14 anos.

Na campanha, estão sendo imunizadas contra poliomielite crianças de 1 a 4 anos com a vacina oral. Abaixo dessa idade, estão os que seguem o calendário infantil, com a dose intravenosa. Para as crianças e adolescentes até 14 anos, todas as de rotina estão disponíveis, incluindo as de gripe e covid-19.

Por volta das 9h, apenas a dona de casa Letícia Silva, 23 anos, estava na UBS (Unidade Básica de Saúde) 26 de Agosto. Ela foi à unidade para vacinar o filho Heitor, de 1 anos, dentro da imunização de rotina. Ao saber da campanha, disse que irá trazer o outro filho, Bernardo, de 5 anos, para atualizar a caderneta.

Heitor, de 1 ano, toma vacina oral contra paralisia infantil. (Foto: Marcos Maluf)
Heitor, de 1 ano, toma vacina oral contra paralisia infantil. (Foto: Marcos Maluf)

"Acho muito importante a imunização e, por isso, mantenho as cadernetas dos meus filhos em dia, já recebi a informação de que meu mais velho já pode tomar e vou trazê-lo”, disse Letícia.

Na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Tiradentes, o cenário era o mesmo. No atendimento da vacinação, cadeiras vazias. A informação obtida pela reportagem é que nenhuma criança foi vacinada pela campanha, sendo realizada imunização de rotina, como a de Laura, de 4 meses, filha do casal Edson Roa, 30 anos, e Pércida Barros, 28 anos.

Ao saber da campanha, Roa disse que irá trazer a outra filha, Emanuelly, 7 anos. Ele fez questão de dizer ser favorável às vacinas. “Faz bem e é para o bem das crianças”, diz.

Segundo a diretriz do Ministério da Saúde, as duas campanhas - de multivacinação e contra a poliomielite - devem seguir até 9 de setembro, com o “Dia D” em 20 de agosto

Procura - No ano passado, o Estado teve a menor cobertura vacinal alcançada desde 1997.

Foram 98.351 doses aplicadas no ano passado, uma queda de 23% em relação ao ano de 2016, por exemplo, quando a cobertura foi de 93,78% e o número de aplicações chegou a 128.201. Pelo ministério, o número de total de doses aplicadas está tabulado apenas a partir de 2014.

Vale lembrar que o índice recomendado de imunização para garantir a segurança populacional contra determinada doença é de 95%, ou seja, mesmo em 2016, o alcance já não foi o esperado.

Em Campo Grande, crianças e adolescentes de 0 a 14 anos representam cerca de 150 mil pessoas, porém, nem todas precisam se vacinar, já que há casos atualizados de vacinação que não são público alvo da campanha.

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