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Capital

Na 3ª audiência do caso, pai de Mayara pede "punição compatível" ao réu

Pai da musicista acompanha depoimento de Luiz Alberto, na tarde desta quinta-feira (16). Ele afirmou desejar que a condenação seja compatível com o crime brutal cometido contra a filha

Izabela Sanchez e Geisy Garnes | 16/08/2018 15:30
Alziro Amaral, pai da musicista Mayara Amaral, assassinada no dia 25 de julho de 2017 (Paulo Francis)
Alziro Amaral, pai da musicista Mayara Amaral, assassinada no dia 25 de julho de 2017 (Paulo Francis)

Luiz Alberto Bastos Barbosa, autor do feminicídio contra Mayara Amaral, presta depoimento pela primeira vez perante a 2ª Vara do Tribunal do Júri nesta quinta-feira (16). Do outro lado, o pai de Mayara, Alziro Amaral, acompanha o depoimento.

Ao Campo Grande News, Alziro afirma esperar que a condenação seja compatível com o crime brutal cometido por Luiz, que matou Mayara a golpes de martelo. O pai de Mayara explicou que vai acompanhar o depoimento para mostrar ao juiz, ao MPMS (Ministério Público Estadual) e à defesa que a família continua acompanhando o caso de perto.

"Embora nada vá trazer a vida da minha filha de volta", comentou.

No dia 9 de julho o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, que assumiu a 2ª Vara durante as férias do juiz responsável pelo caso, Aluizio Pereira dos Santos, acatou um pedido antigo da defesa e determinou que o réu fizesse exame de insanidade mental em clínica psiquiátrica.

Conforme a determinação do juiz, o médico Rodrigo Ferreira Abdo realizou o exame no dia 7 de agosto. De acordo com o advogado, o resultado ainda não foi divulgado e o cliente aguarda o documento ser anexado ao processo.

Sobre a possibilidade de o Luís ser tratado como inimputável, ou semi-imputável, o pai declarou não acreditar que o resultado será incapacidade mental. "Porque graças a deus os peritos não são insanos”, afirmou.

Defesa – Advogado de Luiz, Conrado de Souza Passos afirma que vai pedir que o réu seja julgado por homicídio simples. Conforme declarou, vai argumentar que Luiz não mantinha uma relação doméstica com Mayara, e, dessa forma, o crime não poderia ser julgado como feminicídio.

"Isso porque ele não mantinha uma relação doméstica com ela, não é misógino. A condenação por feminicídio é incompatível", declarou. Além de Luiz, Anderson Sanches Pereira, que comprou o carro de Mayara após o assassinato, também deverá prestar depoimento.

O caso – Musicista e educadora, Mayara Amaral, 27, foi morta a golpes de martelo, teve o corpo abandonado e incendiado na estrada para a cachoeira conhecida como “Inferninho”, no dia 25 de julho do ano passado.

Na delegacia, o réu contou duas versões sobre o crime. Inicialmente chegou a incriminar Ronaldo da Silva Olmedo, de 30 anos e Anderson Sanches Pereira, que foram presos pelo crime, mas após contradições, acabou confessando que matou Mayara sozinho, durante uma discussão. Ele alegou ainda que estava sob efeito de drogas e teve um rompante de raiva.

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