ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, SEXTA  29    CAMPO GRANDE 28º

Capital

Ordem é fechar cerca de 200 pontos do jogo do bicho na cidade

Argumento para lacrar bancas do bicho é ocupação de calçadas sem autorização

Marta Ferreira | 23/09/2020 13:40
Faixa lacra banca do bicho e cartaz avisa que rompimento do lacre é crime. (Foto: Direto das Ruas)
Faixa lacra banca do bicho e cartaz avisa que rompimento do lacre é crime. (Foto: Direto das Ruas)

Para lacrar  cerca de 200  bancas do jogo bicho em Campo Grande nesta quarta-feira (23), a 4ª fase da Operação Omertà, a “Black Cat”,  mirou em um problema administrativo, e não na contravenção penal.

As banquinhas, que em sua maioria não estão funcionando desde segunda-feira (21), historicamente ficam nas calçadas, ou seja, ocupando o passeio público, legalmente dedicado à passagem de pedestres.

Além disso, o negócio ilegal não tem qualquer autorização do Poder Público, como por exemplo alvará.

As bancas lacradas estão recebendo um aviso de que o rompimento do dispositivo é crime, previsto no artigo 336 do Código Penal, passível de pena de detenção de um mês a um ano, além de multa.

Como a operação chegou ao conhecimento da organização exploradora do negócio, a operação foi adiantada. Seria amanhã e foi feita hoje, com menos agentes de segurança.

Um terço do previsto - A “Black Cat” envolveria Polícia Civil, Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado) e dois batalhões da Polícia Miltiar, o Choque e o Bope (de Operações Especiais). Deveriam ser 300 policias, mas o número mobilizado foi equivalente a um terço disso.

A iniciativa acabou restrita à Polícia Civil, liderada pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), com policiais de outras especializadas, e ao  Gaeco. Bope e Choque não participaram.

De acordo com a investigação jornalística, a ordem de toda forma é tolerância zero com a permanência das bancas do bicho, espalhadas pela cidade há décadas. O que não for lacrado hoje, será nos próximos dias, segundo apurado.

Pelo menos vinte pessoas foram ouvidas no Garras, no Bairro Tiradentes, durante a amanhã e devem ser liberadas depois, pois não há crime, apenas contravenção, que não gera pena de prisão.

O nome da fase é em alusão a “Gato Preto”, como se denomina a organização que explora o jogo de azar. A chefia do negócio é atribuída ao empresário Jamil Name, preso há um ano, por chefiar milícia armada alvo das primeiras fases da Omertà.

(Matéria atualizada às 16h21 para acréscimo de informação)

Nos siga no Google Notícias