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Capital

Paraguai também sofre com a criminalidade, afirma diplomata em Campo Grande

O II Fórum Permanente de Segurança na Fronteira acontece nesta quinta-feira na UEMS (Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul)

Geisy Garnes e Aline dos Santos | 22/08/2019 14:59
Ricardo Caballero Aquino durante discurso no II Fórum Permanente de Segurança na Fronteira (Foto: Kisie Ainoã)
Ricardo Caballero Aquino durante discurso no II Fórum Permanente de Segurança na Fronteira (Foto: Kisie Ainoã)

Pedindo a união de forças no combate a criminalidade, o cônsul geral do Paraguai em Campo Grande, Ricardo Caballero Aquino, afirmou que assim como o Brasil, o país vizinho sofre com o contrabando e o tráfico de drogas. O apelo foi feito durante o II Fórum Permanente de Segurança na Fronteira, realizado nesta quinta-feira (22).

Aquino defendeu que os cidadãos paraguaios sabem dos problemas que o país gera ao Brasil por conta do tráfico de drogas e do contrabando, mas destacou que o Paraguaio também é vítima dos crimes. Como exemplo, lembrou os investimentos na produção de tomate e o prejuízo com a concorrência desleal com a venda do produto contrabandeado da Argentina.

No discurso, o cônsul ainda reforçou que nas prateleiras dos supermercados de Campo Grande só encontrou um produto paraguaio, enquanto os estabelecimentos da fronteira estão repletos de mercadorias produzidas no Brasil. “Queremos que os brasileiros sejam o Paraguaio como bom amigo. A solução não é muro”, destacou, pedindo a intensificação dos trabalhos em conjunto entre os dois países no combate a criminalidade.

Para o superintendente da PF (Polícia Federal), Cleo Mazzotti, a ação conjunta com a polícia paraguaia na destruição de plantações de maconha na região de fronteira tem reflexo direto na redução de apreensão da droga no Estado. “Isso tem dificultado a entrada de maconha no território nacional e impacta diretamente no volume de apreensões”.

Segundo estatísticas da PF, até 31 de julho de 2019, a maconha recolhida totalizou 37,9 toneladas. No ano passado, no mesmo período, foram 50,2 toneladas. Já a apreensão de cocaína aumentou: cinco toneladas até julho deste ano, contra 2,7 toneladas em igual período de 2018.

Mato Grosso do Sul tem 1.517 quilômetros de fronteira, sendo 1.131 km com o Paraguai e 386 km com a Bolívia.

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