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Capital

PM que matou professora alega constrangimento e quer se livrar de tornozeleira

O monitoramento foi mantido por juíza, que lembrou que a condição de policial já foi considerada para que ele saísse da cadeia

Aline dos Santos | 24/09/2020 11:23
Suellen conduzia Clio, que bateu em árvore após acidente com Gol. (Foto: Direto das Ruas)
Suellen conduzia Clio, que bateu em árvore após acidente com Gol. (Foto: Direto das Ruas)

Em liberdade monitorada após acidente de trânsito em que, sob efeito de álcool, matou uma professora, Alexander Nantes Stein, tenente da PM (Polícia Militar), alegou constrangimento, mas a Justiça não o livrou do uso da tornozeleira eletrônica.

No pedido de providências, encaminhado à 3ª Vara Criminal de Campo Grande, a defesa destaca que ele está em liberdade há 90 dias sem violação ao monitoramento, numa demonstração de boa-fé; tem bom comportamento; não tem risco de “sumir” porque é um policial e que enfrenta constrangimento no ambiente de trabalho.

“Por fim, importante consignar que o requerente vem cumprindo trabalhos administrativos dentro da Polícia Militar e, por muitas vezes, tem que parar os afazeres para que possa recarregar a bateria do equipamento de monitoramento, gerando um atraso no desempenho das suas funções, bem como um constrangimento, já que isso é feito em frente aos seus colegas e, também, dos seus subordinados”, detalha a defesa no pedido à Justiça.

Até o fim de maio, Alexander Nantes Stein comandava o  4º Pelotão de Ribas do Rio Pardo,  a 103 km de Campo Grande, mas depois do acidente fatal foi transferido para atividade administrativa na corporação.

Ao manter o monitoramento eletrônico, a juíza Eucélia Moreira Cassal afirmou que não houve mudança fática capaz de autorizar a liberação do uso de tornozeleira e que o fato de o réu ser policial militar já foi considerado na revogação da prisão preventiva.  Ele pagou R$ 10,4 mil de fiança.

O tenente Alexander Nantes Stein, envolvido em acidente com morte. (Foto: Reprodução das redes sociais)
O tenente Alexander Nantes Stein, envolvido em acidente com morte. (Foto: Reprodução das redes sociais)

Morte – A professora Suellen Vilela Brasil morreu após colisão na noite de 30 de maio deste ano, na Avenida Gury Marques, na Vila Cidade Morena, em Campo Grande.

A vítima dirigia um Renault Clio Sedan prata quando teve a traseira do veículo atingido pelo VW Gol prata conduzido por Alexander.

Por causa da colisão, o Clio bateu na guia do canteiro lateral direito da pista e na sequência contra uma árvore. O carro ficou destruído e Suellen morreu no local. Já o Gol atravessou o canteiro central e parou no sentido contrário da via.

De acordo com a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o laudo pericial concluiu que o Gol trafegava com velocidade de aproximadamente 120 a 125 km/h, enquanto a velocidade permitida no local era de 30 km/h.

O policial militar foi denunciado por praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor sob influência de álcool, que prevê pena de cinco a oito anos.

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