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Capital

Prédio parado há 30 anos caminha para a inauguração na Afonso Pena

Empreendimento leva nome de importante grupo, o El Kadri; obras seguem para fase de pintura e mobília

Liniker Ribeiro | 20/08/2019 18:02
Fachada do hotel com vidros e vista de onde foi instalado o elevador panorâmico do empreendimento (Foto: Kísie Ainoã)
Fachada do hotel com vidros e vista de onde foi instalado o elevador panorâmico do empreendimento (Foto: Kísie Ainoã)

Quase três décadas depois, uma das construções mais aguardadas - localizada em um dos principais pontos do Centro de Campo Grande, a Avenida Afonso Pena -, caminha para sua fase final. Trata-se do edifício El Kadri, onde funcionará o luxuoso hotel 5 estrelas que leva o mesmo nome do grupo que o adquiriu. Com vidros por toda parte e mármore até no chão, o empreendimento ganhou forma e avança para fase de acabamentos.

“Estamos indo devagar, a medida que vai entrando verba, vamos fazendo as coisas. Estamos na fase da pintura e mobília”, garante o proprietário do empreendimento, Mafuci Kadri. Segundo ele, como as atividades seguem devagar, ainda não há previsão para inauguração do hotel. Porém, nas imediações da construção, há quem diga que o grande lançamento aconteça logo depois da entrega das obras da Rua 14 de Julho.

Entre os comentários por parte de quem mora ou trabalha na região chegou a circular a informação de de que o local seria transformado em um hospital, mas o “buchicho” foi descartado pelo dono do empreendimento.

Pelo lado de fora, apesar de tapumes, é possível ver que a parte de dentro do hotel está quase pronta (Foto: Kísie Ainoã)
Pelo lado de fora, apesar de tapumes, é possível ver que a parte de dentro do hotel está quase pronta (Foto: Kísie Ainoã)
Ao lado de fora, guarda corpo para auxiliar hospedes na entrada e saída (Foto: Kísie Ainoã)
Ao lado de fora, guarda corpo para auxiliar hospedes na entrada e saída (Foto: Kísie Ainoã)

“Será um hotel 5 estrelas, não tem condições de ser um hospital, justamente por conta das divisões”, garantiu Mafuci Kadri. O empreendimento contará com 180 apartamentos, com direito a suítes, heliponto, piscina e academia.

Inicialmente, a previsão era concluir a obra em 2012, mas, abandonado desde 1991, o projeto teve que passar por adequações para atender leis de acessibilidade e de combate a incêndio. Localizado na avenida Afonso Pena, entre 14 de Julho e a Calógeras, o imóvel de 18 andares (dede o estacionamento, no subsolo), pretende deixar no passado o estigma de esqueleto do Hotel Binder.

A obra chegou a ficar parada por aproximadamente 18 anos, de 1991 a 2009. Antes de passar ao grupo Binder, no local chegou a funcionar o Cine Alhambra. Na estrutura atual, a previsão é dos cinco primeiros andares serem ocupados por apartamentos. No 6ª andar, será o espaço de lazer, com direito a piscina. Do 7º ao 12º novos apartamentos.

Já no 13º andar, a suíte presidencial contará com escritório, apartamento, sala de estar, sala de jantar e um apartamento anexo.

Comemoração – Vizinhos do hotel, comerciantes e moradores comemoraram a notícia de que em breve o local será ocupado. Há mais de trinta anos na região, o advogado Marcílio Alencar, de 64 anos, é um deles.

“A gente fica contente, traz progresso para o Centro da cidade, parado o prédio não passa de um elefante branco”, argumenta Marcílio. Na opinião dele, depois de pronto, “mais gente circulará pela região”.

Opinião compartilhada pela filha, a advogada Patrícia Alencar, de 35 anos. Ela lembra que a obra chegou a ficar parada por um tempo e que mesmo depois de ser retomada, as atividades aconteceram discretamente. “Para mim faz muito tempo que está do mesmo jeito, mas, de vez em quando, vejo uma pessoa ou outra trabalhando. Está sendo um trabalho de formiguinha”, afirma.

E tem comerciante de olho no número maior de pessoas que circularam pela região. “Acho ótimo estar chegando ao fim, tinha que já estar funcionando porque aumenta o público e, consequentemente, será bom para nós”, acredita a empresária Rosângela Paredes, de 50 anos, que administra um estacionamento próximo ao futuro hotel.

Há sete anos na região, ela acrescenta ainda se lembra do tempo que não havia nem mesmo pintura na estrutura e de buracos nas calçadas. “Melhorou muito muito”, conclui.

Rosângela Paredes, empresária da região do futuro hotel (Foto: Kísie Ainoã)
Rosângela Paredes, empresária da região do futuro hotel (Foto: Kísie Ainoã)
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