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Capital

Secretário visita condomínio após prejuízos e promete ação emergencial

Rudi Fiorese visitou região afetada pelo temporal de sábado na Avenida Guaicurus, região sul de Campo Grande

Gabriel Neris e Liniker Ribeiro | 22/10/2019 18:12
Moradores se reuniram nesta tarde com representantes da prefeitura e construtora (Foto: Paulo Francis)
Moradores se reuniram nesta tarde com representantes da prefeitura e construtora (Foto: Paulo Francis)

O titular da Sisep (Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos), Rudi Fioresi, visitou nesta terça-feira (22) os moradores do Condomínio Guaicurus, na região sul de Campo Grande, atingidos pelo temporal de sábado. O secretário descartou a realização de drenagem na região, um dos pedidos de quem mora no local, mas prometeu estudos a partir de amanhã para que sejam tomadas medidas paliativas, entre elas a abertura de novas bocas de lobo.

Pelo menos seis das 19 casas do condomínio foram afetadas pela enxurrada que tomou conta no sábado. Em uma das residências, os moradores perderam quase todo o enxoval. A mulher está grávida de sete meses.

A repercussão das imagens e reclamações dos moradores levou a visita Rudi, acompanhado do representante da construtora responsável, o advogado Guilherme Cury. Os dois ouviram as reclamações dos moradores para ter ciência do que cada pessoa passou durante o temporal.

Móveis de casa atingida pela chuva ficaram para fora (Foto: Paulo Francis)
Móveis de casa atingida pela chuva ficaram para fora (Foto: Paulo Francis)

O secretário se comprometeu a realizar levantamentos que incluem obras emergenciais na região. Os moradores reclamam da falta de drenagem na Avenida Guaicurus, que pode ter contribuído para a enchente. Mas, segundo eles, o problema começa em bairros que não são asfaltados. Quando chove, a água chega com força e levando lixo, entrando tudo no condomínio.

Os moradores querem obras de pavimentação e drenagem, mas o secretário afirmou que não é o momento por falta de recursos e que também demandaria um tempo maior para conclusão. Porém, se comprometeu a enviar equipes amanhã para iniciar um estudo em relação à drenagem e a utilização de topógrafo para avaliar o nível da via.

Rudi não soube dizer quantas bocas de lobo podem ser construídas, mas promete estudo rápido para apresentar uma resposta já na próxima semana. “Isso, consigo fazer de forma imediata”. Equipes já estiveram no local para limpeza das bocas de lobo, sendo duas na Guaicurus e outras quatro na Rua dos Rezendes.

Os moradores também pediram ajuda para a remoção do lixo que tomou conta do condomínio. Móveis foram perdidos e ninguém sabe para onde levar. Como os Ecopontos têm limites de peso do material a ser depositado por pessoa, o total extrapola. Para isso, o secretário ficou de encaminhar um caminhão amanhã para recolher tudo o que precisa ser jogadora fora.

Sobre a falta de drenagem, bastante lembrada pelos moradores, o secretário afirmou que cada ponto da Guaicurus precisa de um estudo diferente.

Secretário visita condomínio após prejuízos e promete ação emergencial

O advogado da Schawab e Balbino Construção, responsável pelo empreendimento, recebeu a reclamação dos moradores sobre o escoamento da água da chuva e também de problemas pontuais do condomínio. “Em relação à água não tem o que ser feito, depende dessa obra”, disse. Afirmou também que o problema maior se deve a falta de drenagem e que o projeto da construtora, de 2013, não tem inconsistências.

“Por parte da construtora não podemos fazer nada, o suporte da tubulação, drenagem feita no condomínio, é pensando no que o condomínio suportaria. O que vem da rua é por conta da prefeitura”, disse.

Ao ouvirem as respostas, os moradores disseram que não ficaram surpresos e já estavam preparados para o “jogo de empurra”. A síndica Juliana Aquino diz que precisam de uma obra total. “Vamos aguardar essa promessa de tentar resolver um problema de forma rápida e ver se as medidas serão suficientes, mas conhecendo o problema, o alerta vai continuar em dias de chuva. Choveu, sai correndo porque de onde a água vem o problema não será resolvido”, afirma.

A manicure Dariuza de Lima Gomes, de 28 anos, diz que “não passa de blá blá blá”. “A vontade que dá é tentar resolver o problema de forma particular, juntar os moradores e arrecadar dinheiro e ver o que conseguem fazer”.

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