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Capital

Juiz manda refazer perícia em imagens de acidente que matou jovem

Acidente no dia 11 de julho matou a jovem Bárbara Wsttany, de 21 anos; o namorado, Ricardo França, conduzia o veículo

Anahi Zurutuza | 28/09/2020 14:16
Câmera gravou acidente às 20h17 do dia 11 de julho (Foto: Reprodução)
Câmera gravou acidente às 20h17 do dia 11 de julho (Foto: Reprodução)

A pedido do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o juiz Aluízio Pereira dos Santos mandou refazer a perícia nas imagens da câmera de segurança que filmou acidente fatal no dia 11 de julho. O laudo produzido com base na gravação não responde a que horas foi a capotagem e nem a velocidade do carro, um Peugeot 207, conduzido por Ricardo França Junior, que causou a morte da namorada Bárbara Wsttany Amorim Moreira, de 21 anos.

O titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri havia determinado a perícia a pedido da defesa de Ricardo, que responde por homicídio. A intenção do advogado João Ricardo Batista de Oliveira é provar que o acidente não aconteceu fora do horário do toque de recolher em Campo Grande –naquele 11 de julho, em vigor das 20h às 5h–, detalhe que chegou a ser usado contra o acusado para mantê-lo preso.

Pelas imagens coletadas pela polícia, o acidente aconteceu às 20h17 daquele dia. Mas, segundo o defensor, “relatos informais de testemunhas presenciais e familiares, o acidente teria acontecido uma hora antes, aos exatos 19h17”. O advogado levanta a possibilidade de a câmera estar ajustada ao horário oficial de Brasília e não ao de Mato Grosso do Sul.

O MPMS não se apôs a realização da perícia, desde que a análise também determinasse qual é a velocidade máxima permitida para transitar na Rua Onze de Outro, onde aconteceu o acidente, e qual a velocidade média do carro.

No laudo, a perita Beatriz Trindade Benites explica que o dado pode ser facilmente manipulado na câmera e que, por isso, não serve como prova pericial. Acrescenta que “não foram realizadas análises técnicas quanto a qualquer tipo de edição, supressão ou acréscimo no material questionado”.

Como nada se falou sobre velocidade, o MPMS pediu que a informação omitida fosse incluída no laudo. O juiz deu 60 dias para a complementação.

Ricardo, à esquerda, foi preso no dia em que a namorada, Bárbara, direita, morreu no acidente; ele está livre desde o dia 24 (Foto: Reprodução das redes sociais)
Ricardo, à esquerda, foi preso no dia em que a namorada, Bárbara, direita, morreu no acidente; ele está livre desde o dia 24 (Foto: Reprodução das redes sociais)

O acidente - Ricardo conduzia um Peugeot 207, desrespeitou o "Pare" no cruzamento da Rua Onze de Outubro com a Rua Santos Dumont, perdeu o controle da direção, bateu no muro de uma casa e capotou. A namorada, Bárbara, foi arremessada para fora do veículo e morreu na hora, teve o crânio esmagado.

A violência foi tamanha que vários moradores se assustaram com o barulho do impacto, consta no relatório do inquérito policial. E, conforme o croqui elaborado pela Polícia de Trânsito na cena do acidente, o carro parou a cerca de 20 metros do local onde arrancou lixeira e bateu na parede.

Naquele dia, apurou a polícia, Ricardo esteve duas vezes em conveniência do Bairro Cabreúva e comprou 38 cervejas. Para os profissionais que prestaram socorro, ele admitiu que havia bebido.

Ricardo foi preso no dia do acidente, quando foi levado para a Santa Casa, sob efeito de morfina e escolta policial. Quando recebeu alta, foi transferido para o Ptran (Presídio de Trânsito) de Campo Grande, de onde saiu pouco antes das 9h do dia 24 de julho.

Veja o vídeo:


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