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Capital

Sindicato fala 320 demissões no transporte coletivo durante pandemia

Presidente do Consórcio havia citado 50 demitidos. Nova audiência de conciliação foi marcada para esta sexta-feira às 16h

Izabela Sanchez | 07/08/2020 08:58
Placa na frente de garagem orienta sobre o que fazer para evitar a covid-19. (Foto: Henrique Kawaminami)
Placa na frente de garagem orienta sobre o que fazer para evitar a covid-19. (Foto: Henrique Kawaminami)

O SCTTU (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande) alega que desde o início da pandemia, em março, até a quinta-feira (6), 320 trabalhadores foram demitidos pelo Consórcio Guaicurus, detentor da concessão de transporte coletivo de Campo Grande.

O número foi, inclusive, apresentado por representantes do sindicato durante audiência administrativa de mediação presidida pelo MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul) na tarde de quinta-feira.

Segundo a entidade, 150 funcionários foram dispensados “só na última semana”. O número é bem superior que o apresentado pelo empresário João Rezende, presidente do Consórcio Guaicurus em entrevista ao Campo Grande News, que falou em 50 demissões.

Nova audiência – Sem acordo, mas também sem greve na manhã desta sexta-feira (7), empregador e categoria têm nova audiência agendada para esta tarde. Segundo nota sobre a audiência de ontem, o Consórcio deve apresentar documentos referentes às rescisões contratuais ocorridas nos dias 5 e 6 de agosto.

O MPT pede “a listagem dos empregados envolvidos, procedimento das rescisões, valores globais e informação quanto ao uso das opções ofertadas pela Medida Provisória nº 936/2020, convertida na Lei nº 14.020/2020 e regulamentada pelo Decreto nº 10.422/2020), para análise da instituição ministerial e do sindicato laboral”.

Desde abril, o Consórcio tem alertado sobre dificuldade financeira após queda drástica na arrecadação, em decorrência das restrições na circulação de pessoas, medida imposta pela pandemia.

Ainda que a quarentena não tenha medidas rígidas em Campo Grande e o isolamento social tenha índices abaixo de 50%, a receita caiu 30%, segundo o Consórcio.

João Resende também reclamou da possibilidade de lockdown na cidade, a forma mais rígida de controle da pandemia, o que representaria “agravo" na situação “provocando mais demissões”.

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