Sujeira e matagal tomam conta do Residencial Carajás e moradores reclamam
Ministério Público enviou notificação para a prefeitura resolver a situação, mas até o momento nada foi feito
O cenário é de abandono no Residencial Carajás, nas proximidades da UCDB, em Campo Grande onde a sujeira, o matagal e o descarte irregular de entulho fazem parte da rotina dos moradores. Após várias reclamações, incluindo uma denúncia no MPE (Ministério Público Estadual), a prefeitura foi notificada a resolver a situação em 15 dias. O prazo chegou ao fim, mas a situação continua a mesma.
A denúncia sobre o estado das praças e ruas “abandonadas” foi feita no dia 8 de maio por meio do espaço “Fala, Cidadão” do site da prefeitura. Trata-se das quadras seis, quatro e dois da Avenida Egeny Maluf Abuhassan. Conforme os relatos, as duas primeiras têm mato fechado até onde seria a calçada e a terceira virou depósito clandestino de areia.
Dentre as preocupações dos moradores a da possibilidade da formação de criadouros do Aedes, mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. O Residencial foi criado há onze anos e, conforme os relatos, desde então a situação é a mesma.
No dia 12 de julho, a promotora de Justiça Luz Marina Borges Maciel Pinheiro enviou uma determinação para a prefeitura dando o prazo de 15 dias para a realização da limpeza e manutenção das quadras, mas a orientação não foi cumprida. Outra determinação semelhante foi enviada no dia 13 de agosto, reafirmando a necessidade de retirar a sujeira e igualmente ignorada.
O jornalista Paulo Renato Coelho Netto, de 54 anos, acredita que essas melhorias na região também vão atrair um investimento maior. “Está totalmente abandonado, esquecido. Não tem outra palavra”, lamentou.
A assessoria de imprensa da prefeitura foi acionada e se limitou a dizer que “a solicitação foi encaminhada ao setor de limpeza pública da Sisep para inclusão na programação de serviços”. Contudo não há informações sobre quando este serviço será efetivamente realizado.