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Capital

Vizinhos fazem pastelada para ajudar morador baleado por PM

Márcio sofreu fratura na tíbia e não pode trabalhar, situação que sensibilizou os vizinhos para ajudar

Ana Paula Chuva | 21/09/2020 16:52
Policial, à direita, observa casal tentando entrar em condomínio (Foto: Reprodução)
Policial, à direita, observa casal tentando entrar em condomínio (Foto: Reprodução)

Vizinhos de Márcio Gonzales Espínola, 46 anos, baleado por um policial militar no último dia 12, estão organizando uma pastelada para ajudá-lo com as despesas mensais.

Márcio passou por cirurgia e foi liberado do hospital para se recuperar em casa, mas em repouso absoluto.   “Meu pai passou por uma cirurgia no dia seguinte ao tiro, e no inicio ele precisaria passar por outra. Ficou internado seis dias e quinta-feira o doutor disse que se ele fizesse a segunda cirurgia agora teria grandes chances de sequela”, explicou a filha Thaynara Ramos Espíndola, 22 anos.

Ao Campo Grande News, a estudante  contou que a cada três dias o pai precisa ser levado ao Cem (Centro de Especialidades Médicas) trocar curativo e a cada 15 dias vai até a Santa Casa para ser avaliado pelo médico.

“É um sacrifício, pois ele mora no Jardim Centro Oeste e precisa ter carro para levar e trazer. Ele início da pandemia e só quem sustentava a casa era ele. Ele mora com a minha madrasta e meus dois irmãos adolescentes. A esposa dele perdeu o emprego no começo da pandemia, só ele estava trabalhando para sustentar a casa”, contou.

Sensibilizados os vizinhos do condomínio onde Márcio foi baleado estão organizando a pastelada para ajudar Márcio. Mas também precisam de doações para realizar o evento no dia 10 de outubro.

“Meu pai está numa cama 24 horas por dia sem poder fazer absolutamente nada e sobrevivendo de doações. Ele sofreu uma fratura na tíbia. O osso estilhaçou. A bala entrou e saiu na parte de trás da perna. Agora os vizinhos se sensibilizaram e organizaram a pastelada”, completou.

O caso - Márcio chegava no condomínio onde mora, ao lado da esposa, quando foi baleado pelo policial militar ambiental Ademar Silva de Oliveira, que entrava pela garagem. O PM alegou ter confundido o casal com ladrões, porque os dois entravam pelo portão de visitantes. A arma funcional dele foi aprendida, mas Ademar segue em liberdade.

Quem quiser ajudar a pastelada do Márcio pode entrar em contato direto com a Thaynara pelo telefone (67) 99137-9788.

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