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Cidades

Com rival de Marcelo Piloto no alvo, ação mira família de traficantes em MS

Líder de quadrilha alvo da Polícia Civil do RJ é o sul-mato-grossense Edson Ximenes Pedro, conhecido como "Pelincha"

Anahi Zurutuza e Patricia Hadlich, do Rio de Janeiro | 17/01/2019 07:03
Sede da 25ª DP do Rio, que comandou as investigações e chefia a operação (Foto: Polícia Civil do RJ/Divulgação)
Sede da 25ª DP do Rio, que comandou as investigações e chefia a operação (Foto: Polícia Civil do RJ/Divulgação)

Com uma família de Paranhos na mira, a Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou na manhã desta quinta-feira (17) a Operação Bad Family contra o tráfico de drogas e armas. Com apoio de policiais da Mato Grosso do Sul, a força-tarefa está nas ruas para cumprir 18 mandados de busca e apreensão e 19 de prisão.

Segundo o delegado Fabio Asty, titular da 25ª DP (Delegacia de Polícia) do Rio, o líder da organização criminosa é o sul-mato-grossense Edson Ximenes Pedro, conhecido como "Pelincha", um dos principais concorrentes do traficante “Marcelo Piloto”.

O esquema de tráfico de drogas e armas conta com a ajuda da mulher, irmãos e cunhado do alvo.

As investigações demonstraram, ainda conforme divulgou a Polícia Civil do Rio de Janeiro, que Pelincha fornecia mensalmente às comunidades fluminenses cerca de duas toneladas de maconha e meia tonelada de cocaína, valores que ultrapassam R$ 200 milhões ao ano.

A “Bad Family”, de acordo com a apuração, abastece as principais comunidades da região metropolitana do Rio, como os complexos do Alemão, da Maré, do Lins e Jacaré, além dos municípios de Cabo Frio e Nova Friburgo, no interior do Estado, e em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo.

Edson Ximenes já foi preso em 2013 pela Polícia Federal e cumpriu pena por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Ainda conforme a investigação, hoje ele usa uma identidade falsa, em nome de Fabio Pereira de Souza e está foragido desde que foi para o regime semiaberto.

Lavagem de dinheiro – Segundo a apuração, a família de Pelincha é atuante no agronegócio e usa sua propriedade na fronteira com o Paraguai como entreposto para o recebimento e distribuição de drogas, principalmente maconha e cocaína, além de armas e munições de diferentes tipos e calibres.

A fazenda e os negócios rurais também foram usados na lavagem do dinheiro ganho com a venda de armas e drogas, conforme constatou a investigação. Por isso, a Polícia Civil do Rio de Janeiro também pediu e 9 integrantes da organização criminosa tiveram os valores das contas bancárias sequestrados por determinação judicial.

A operação – Além do Rio de Janeiro e de Mato Grosso do Sul, equipes da Operação Bad Family também estão nas ruas do Espírito Santos para prender envolvidos e vasculhar endereços.

Até o momento 10 pessoas foram presas, pelo menos duas em Mato Grosso do Sul, e drogas apreendidas.

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