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Cidades

Careca e sem barba, Marcelo Piloto deve ficar até 22 horas dentro de cela

Narcotraficante chegou ontem ao presídio no Paraná

Adriano Fernandes e Helio de Freitas | 20/11/2018 22:08
Marcelo Piloto durante o registro de interno no presídio de Catanduvas. (Foto: Hoy)
Marcelo Piloto durante o registro de interno no presídio de Catanduvas. (Foto: Hoy)

A foto de cabeça raspada, sem barba e roupa de interno do criminoso Marcelo Fernando Veiga Pinheiro, o Marcelo Piloto, 43 anos, no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná, já difere bastante da imagem do narcotraficante que no Paraguai, mesmo preso, se apresentava bem vestido, com direito a coletiva de imprensa e rodeado de jornalistas.

Status e tratamento digno de estrela de quem de dentro do presídio, comandava o tráfico de drogas do CV (Comando Vermelho) pela fronteira. “Recinto” onde também assassinou uma jovem de apenas 18 anos.

No Brasil, resta saber se o reforço na segurança vai mudar não só a aparência, mas também conter o "poder" de um dos narcotraficantes mais perigosos no mundo do tráfico.  Sob um forte esquema de segurança, Piloto chegou ontem (19) a Foz do Iguaçu, de onde foi transferido em uma aeronave da Polícia Federal para o presídio, também apontado como um dos mais seguros do país.

Em Catanduvas, os presos passam 22 horas diárias dentro de suas celas, recebem menos visitas e há maior vigilância. A transferência “excepcional” do criminoso para a unidade é justamente devido a seu histórico criminal. Piloto teria de cumprir 26 anos de prisão no Rio de Janeiro.

"A transferência para Catanduvas é uma medida excepcional por conta de toda a sua história recente, enquanto estava sob custódia no Paraguai, bem como a logística alegada pelas agências de segurança que consideraram Catanduvas como uma opção mais barata e mais eficaz ", disse o juiz de execuções penais do Rio de Janeiro Rafael Estrela Nóbrega, responsável pela ordenação da transferência.

Marcelo Piloto, ficará isolado por 20 dias e até o banho de sol será feito isoladamente, em um espaço anexo à cela individual de 7 metros quadrados. As quatro refeições diárias também são feitas na cela.

Depois desse perído, conforme o G1 do Paraná, a direção decide para que ala do presídio ele será encaminhado, podendo ficar com até 13 detentos. Em Catanduvas, o líder do Comando Vermelho no Paraguai também vai ser “vizinho” de Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, também apontado como um dos maiores fornecedores de cocaína para o Brasil. O município faz fronteira com o Paraguai e Argentina, e está localizado a 1.390 km do Rio de Janeiro e 200 km de Foz do Iguaçu.

Transferência – Piloto foi transferido após assassinar sua namorada, a jovem Lidia Meza Burgos, de 18 anos, dentro de uma cela do do Agrupamento Especialização de Assunção, no Paraguai, onde estava detido, no último sábado (17).

A jovem foi morta com uma faca de cozinha durante uma visita ao traficante. Ela recebeu o primeiro golpe na cabeça e depois de inconsciente, vários outros no pescoço. Foram pelo menos 16 facadas.

Lidia foi encontrada já ferida depois que um agente da penitenciária ouviu gritos vindos da cela do narcotraficante brasileiro. Ela chegou a ser levada ao Hospital General Barrio Obrero, mas não resistiu aos ferimentos.

Com informações do portal Hoy***

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