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Interior

Estradas interligam Pantanal isolado e facilitam transporte de bezerros

Os investimentos do governo com infraestrutura possibilitaram ao produtor de Corumbá, a opção de retirar o gado em caminhões durante a cheia

Danielle Valentim | 20/10/2018 09:23
Estado executou várias frentes de obras entre Bonito, Bodoquena, Porto Murtinho e Miranda e hoje executa o trecho da região conhecida por Nhecolândia. (Foto: Governo do Estado)
Estado executou várias frentes de obras entre Bonito, Bodoquena, Porto Murtinho e Miranda e hoje executa o trecho da região conhecida por Nhecolândia. (Foto: Governo do Estado)
Corredor de produção pecuária e ecologia está previsto para o segundo mandado de Reinaldo Azambuja. (Foto: Governo do Estado)
Corredor de produção pecuária e ecologia está previsto para o segundo mandado de Reinaldo Azambuja. (Foto: Governo do Estado)

A construção de pontes e estradas no Pantanal interligaram parte isolada da região e facilitaram o transporte de bezerros para a engorda no planalto. Os investimentos do governo com infraestrutura possibilitaram ao produtor de Corumbá, a opção de retirar o gado em caminhões durante a cheia.

Mato Grosso do Sul é dono do segundo maior rebanho bovino do país, com 1,9 milhão de animais concentrados no Pantanal. A meta do governador é criar uma rota rodoviária estadual de 1.000 km e integrar os municípios do Pantanal, desde as regiões Norte (Sonora, Coxim, Rio Verde e Rio Negro), Oeste (Aquidauana, Miranda e Corumbá) e Sul (Porto Murtinho), com conexão a Bodoquena, Bonito e Jardim, principais destinos de ecoturismo.

O corredor de produção pecuária e ecologia está previsto para o segundo mandado de Reinaldo Azambuja. “O nosso governo cumpre seu papel de garantir o desenvolvimento do agronegócio e do turismo ao implantar novas alternativas logísticas, propiciando melhor acesso para facilitar o transporte de riquezas e de pessoas, principalmente em regiões isoladas, como o Pantanal”, afirmou o governador. “Estamos viabilizando um corredor rodoviário em potencial e, com isso, também gerando emprego e renda com o desenvolvimento local”, pontuou.

Integrando os pantanais - Com recursos do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário), o Estado executou várias frentes de obras entre Bonito, Bodoquena, Porto Murtinho e Miranda e hoje executa o trecho de maior desafio dentro da planície pantaneira, a ligação de Corumbá com Rio Negro, Rio Verde e Coxim, região conhecida por Nhecolândia. Não são longas distâncias, contudo não havia estrada implantada e o caminho é arenoso, instransponível na cheia.

Além do cascalhamento de 40 km da MS-228, a partir da Curva do Leque (entroncamento com a MS-184, trecho da Estrada-Parque, em Corumbá), a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), executa outros 19 km da mesma rodovia entre a Vazante do Castelo e a Fazenda Conceição, entre Aquidauana e Rio Verde. Também foram implantados com aterro 34 km da MS-423, descendo a Serra da Alegria (Rio Verde) até a Fazenda Morrinho (Corumbá).

A meta do governador é criar uma rota rodoviária estadual de 1.000 km e integrar os municípios do Pantanal. (Foto: Governo do Estado)
A meta do governador é criar uma rota rodoviária estadual de 1.000 km e integrar os municípios do Pantanal. (Foto: Governo do Estado)

Os investimentos ultrapassam R$ 40 milhões e está projetada também a implantação da MS-214, interligando os pantanais do Paiaguás e Nhecolândia, a partir de Coxim, na confluência da ponte de concreto sobre o Rio Taquari. Numa segunda etapa, será implantada a estrada que liga a ponte a Serra da Alegria, completando uma logística por terra que o pantaneiro jamais imaginou em mais de 200 anos de ocupação do bioma pelo homem e o gado.

Sonho de pantaneiro - “Vamos passar por um ciclo transformador, o acesso por estradas é tudo para o pantaneiro”, comemorou o pecuarista Ulisses Serra Neto, o Noninho, que tem propriedade no centro do Pantanal. Para o presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Luciano Leite, as estradas vão valorizar o gado e facilitar a saída desses animais na cheia, reduzindo custos de transporte.

“A Nhecolândia é a maior produtora de boi gordo, abastecendo 40% do nosso mercado”, disse.
O dirigente ruralista destacou a determinação do governador Reinaldo Azambuja em integrar o Pantanal, observando que os benefícios com o fácil acesso serão econômicos e sociais. “Nenhum outro governo, desde o (Pedro) Pedrossian, investiu no Pantanal como o Reinaldo Azambuja”, citou. “Vai fortalecer a pecuária, com a valorização do boi, e também dará um salto no turismo, com o surgimento de pousadas onde era impossível chegar de carro.”

Com estrutura de leilão ao lado da MS-228, onde o governo já concluiu a implantação do aterro nos 40 km entre a Curva do Leque e a Fazenda Alegria, o pecuarista Carlos Guaritá afirmou que o pantaneiro deve gratidão ao governador Reinaldo Azambuja. “Isso que está acontecendo é um sonho, hoje você anda de camionete onde só passava trator”, proclamou. “Tenho certeza que no segundo mandato o Reinaldo concluirá essa ligação de ponta a ponta.”

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