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Interior

Após polêmica, antena em praça de Bonito agora é alvo de investigação

Instalação em área pública gerou protestos de moradores e preocupações com segurança e impacto ambiental

Por Kamila Alcântara | 02/12/2025 08:54
Após polêmica, antena em praça de Bonito agora é alvo de investigação
Instalação de antena na Praça da Marambaia (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

A instalação da antena de telefonia celular na Praça da Marambaia, no município de Bonito, ganhou uma nova fase com a abertura de um procedimento administrativo pelo MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul). A medida, que objetiva acompanhar a situação, foi instaurada após denúncia anônima que destacou a instalação do equipamento em uma área de intenso uso público e convivência comunitária, frequentemente visitada por famílias e crianças.

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul abriu procedimento administrativo para investigar a instalação de uma antena de telefonia celular na Praça da Marambaia, em Bonito. A medida foi tomada após denúncia anônima sobre a instalação do equipamento em área de intenso uso público. O órgão recomendou a paralisação imediata das obras até que sejam esclarecidas questões sobre impactos ambientais e à saúde pública. A polêmica aumentou quando a operadora Claro negou envolvimento no projeto, que havia sido defendido pelo prefeito Josmail Rodrigues como iniciativa para fornecer internet gratuita à comunidade.

Essa recomendação foi expedida com urgência ao Município, nesta terça-feira (2), determinando a paralisação imediata das obras de instalação da antena. O objetivo é apurar a regularidade do processo, os impactos ambientais e de saúde pública decorrentes da instalação, além da possível inadequação da escolha do local, que é uma área de lazer popular entre os moradores.

De acordo com o MP, o local escolhido para a instalação da antena não apenas suprime um espaço público utilizado para lazer, como também pode representar uma exposição permanente à radiação eletromagnética, o que é considerado um risco potencial à saúde, principalmente para crianças, um grupo vulnerável à exposição constante a esses campos.

Por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Bonito, recomenda-se que o Município de Bonito e a empresa responsável pela instalação, DT Brasil Gestão de Bens Próprios Ltda., paralisem imediatamente as obras até que as questões relacionadas à instalação sejam esclarecidas.

Entre as providências recomendadas estão a realização de estudos sobre os impactos à saúde e ao meio ambiente, a comprovação de conformidade com os limites de exposição humana a campos eletromagnéticos e a promoção de uma consulta pública à comunidade local.

Além disso, solicitaram informações detalhadas sobre a escolha do local da instalação e a análise de alternativas mais adequadas para a colocação da antena. O prazo para que o Município informe as ações tomadas é de cinco dias úteis.

Polêmica - A instalação da antena em uma praça pública já havia gerado polêmica, com moradores da região expressando preocupações sobre a segurança das obras e a perda de um importante espaço de lazer. O prefeito de Bonito, Josmail Rodrigues (PSDB), chegou a defender o projeto, alegando que a instalação traria internet gratuita para a comunidade.

No entanto, a situação se complicou quando a operadora Claro, mencionada inicialmente como parceira do projeto, negou qualquer envolvimento, esclarecendo que a antena não era de sua propriedade e que a instalação seria feita por uma empresa terceirizada.

A prefeitura ainda não se manifestou sobre essa situação, mas o espaço está aberto para esclarecimentos.

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