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Interior

Manifestantes fecham fronteira com a Bolívia para transporte de cargas

Manifestantes pedem a prorrogação do pagamento de empréstimos bancários por mais seis meses do setor do transporte pesado

Viviane Oliveira | 12/01/2021 11:55
Dois caminhões impedem o tráfego de veículos de cargas do lado da Bolívia (Foto: Leonardo Cabral / Diário Corumbaense)
Dois caminhões impedem o tráfego de veículos de cargas do lado da Bolívia (Foto: Leonardo Cabral / Diário Corumbaense)

A fronteira entre Corumbá e as cidades bolivianas de Puerto Quijarro e Puerto Suárez, amanheceu nesta terça-feira (12) bloqueada para o tráfego do transporte de cargas. Há 57 pontos de bloqueio na Bolívia, de acordo com o boletim da Polícia, que colocou à disposição 9 mil militares fardados desde as 5h para evitar o corte de estradas principais, em frente ao protesto do transporte público.

Conforme o site Diário Corumbaense, os manifestantes pedem a prorrogação do pagamento de empréstimos bancários por mais seis meses do setor do transporte pesado, por não ter conseguido se recuperar da crise econômica que atravessa o país, em decorrência da covid-19.

Na região de fronteira, o ponto de bloqueio está entre os cruzamentos das Avenidas Luis Salazar de la Vega e Bolívar, em frente a uma agência bancária. Dois veículos de grande porte foram colocados no meio da pista para impedir o trânsito de caminhões de cargas que cruzam os dois países. Carros de passeio estão liberados até o momento, porém, os condutores têm de fazer manobras para passar entre carros parados e os caminhões.

No ano passado, o governo de transição estabeleceu o adiamento do pagamento dos empréstimos até janeiro deste ano, como medida para amenizar a economia dos diversos setores, afetados pelas restrições que foram implementadas para impedir o avanço do coronavírus.

Mais uma vez que esse prazo expirou, as operadoras pediram formalmente ao novo governo que prorrogasse o prazo por mais seis meses. O COB, micro empresários e sindicalistas também aderiram a este pedido. Porém, o ministro da Economia, Marcelo Montenegro, garantiu que um atraso colocaria em risco a estabilidade do sistema financeiro e, portanto, a reativação econômica do país.

“Se a cultura de pagamento não for normalizada, os bancos terão dificuldade em continuar emprestando para outros tomadores que também precisarão de recursos. O sistema financeiro pode ser visto em perigo”, garantiu a autoridade.

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