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Interior

Juiz nega liberdade a líder do MSTB e converte flagrante em prisão preventiva

Vanildo Elias de Oliveira, o Douglas, está na penitenciária acusado de incêndio criminoso, incitação ao crime, ameaça, desordem, associação criminosa e crime ambiental

Helio de Freitas, de Dourados | 25/09/2017 09:35
Vanildo Elias quando era levado para a penitenciária, na quinta-feira (Foto: Adilson Domingos)
Vanildo Elias quando era levado para a penitenciária, na quinta-feira (Foto: Adilson Domingos)

Vanildo Elias de Oliveira, 43, o Douglas, principal líder do MSTB (Movimento dos Sem-Terra do Brasil) em Mato Grosso do Sul, continua preso na Penitenciária Estadual de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. A Justiça transformou o flagrante em preventiva e negou o relaxamento da prisão.

O líder sem-terra é acusado de incêndio criminoso, incitação ao crime, ameaça, desordem, associação criminosa e crime ambiental, já que os sem-terra, incitados por ele, teriam ateado fogo em uma área de preservação permanente da fazenda que pertence à família do pecuarista José Carlos Bumlai, na saída de Dourados para Ponta Porã, na margem da BR-463.

Claudio Maschietto Franco, advogado de Douglas, pediu o relaxamento da prisão, mas o juiz da 2ª Vara Criminal de Dourados seguiu o parecer do Ministério Público e manteve a preventiva do líder sem-terra, que nos últimos meses esteve à frente de bloqueios de rodovias e ocupações de fazendas no estado. O MSTB luta pela desapropriação de áreas pertencentes aos grandes devedores da União.

Na semana passada, durante mais uma reintegração de posse da fazenda ocupada pelo MSTB na BR-463, Douglas teria incitado os trabalhadores rurais a colocarem fogo na propriedade para evitar o despejo. Ele nega todas as acusações.

Dois dias depois, ao liderar uma nova invasão, dessa vez no município de Miranda, Douglas foi espancado por seguranças da fazenda. Ao ser levado para o hospital, foi preso e encaminhado para Dourados.

O delegado Adilson Stiguivitis, titular da 1ª Delegacia de Polícia, disse que o líder sem-terra foi autuado em flagrante, mesmo três dias após os fatos, porque as buscas não foram interrompidas.

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