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Capital

Trânsito da Ceará é liberado com fim da 1ª fase de obras contra cheias

Carlos Martins | 04/12/2010 12:22

Depois de 12 meses em obras, trânsito na Ceará foi liberado na manhã deste sábado. (Foto: João Garrigó)
Depois de 12 meses em obras, trânsito na Ceará foi liberado na manhã deste sábado. (Foto: João Garrigó)

Depois de 12 meses a primeira etapa das obras de contenção de cheias foi concluída com a liberação da Rua Ceará com a Avenida Ricardo Brandão. O trecho no entorno do viaduto Pedro Chaves estava interrompido desde dezembro de 2009 por causa das chuvas que destruiram parte do asfalto. O problema se agravou quando em fevereiro fortes chuvas causaram uma grande destruição no local. Para resolver o problema das cheias foi construída uma galeria de concreto para dar vazão às águas do córrego Prosa e os motoristas contam agora com três alças viárias que vão interligar as duas vias. Uma quarta alça, a que sai da Ricardo Brandão e entra na Ceará, próximo à Uniderp, deve ser entregue ainda antes do Natal.

A inauguração da obra foi muito comemorada pelas autoridades que compareceram ao evento, entre eles o governador André Puccinelli, o prefeito Nelsinho Trad, o deputado federal Waldemir Moka, que intermediou junto com a bancada federal a liberação de R$ 20 milhões do Ministério da Integração Nacional para a execução das obras, e também secretários municipais, vereadores, operários, engenheiros e diretores da empresa responsável pela obra.

O governador parabenizou o prefeito e toda a sua equipe. “Campo Grande há anos se transformou numa metrópole cada vez mais aprazível porque boas soluções continuam sendo encontradas. Esta obra vai desafogar o fluxo de veículos. Os méritos são de toda a equipe sob o comando de Nelsinho”, disse André Puccinelli.

“Estamos de alma lavada com a entrega desta primeira etapa da obra”, comemorou o prefeito Nelsinho Trad. Ele lembrou, que a exemplo da obra liberada na sexta-feira, na Avenida Mato Grosso com a Via Park, foram realizados estudos complexos para resolver definitivamente o problema. O prefeito disse, ainda, que a quantidade de chuva que caiu naquele dia, 27 de fevereiro, foi uma coisa completamente atípica.

Dados da meteorologia mostraram que neste dia tinha uma nuvem de 86 quilômetros de extensão por 80 quilômetros de espessura. “A água caiu na zona norte e veio pela Cachoeirinha, causando todo esse estrago, tanto lá na Mato Grosso com a Via Park, no Shopping Campo Grande e aqui na Ceará”, explicou Nelsinho. “Com estas obras, se cair outra chuva com a mesma proporção não teremos problemas”, completou.

De acordo com o engenheiro Gian Carlo Camilo, diretor da Nautilus Engenharia, o tubo metálico que foi substituído não resistiu à força das águas. Com 4,6 m de diâmetro, além de não dar vazão as águas, o tubo apresentava corrosão e já tinha ficado amassado com as chuvas de dezembro do ano passado. Com a chuva de fevereiro ficou destruído. A galeria de concreto construída na obra da Ceará tem 8 m por 4 m e teve a capacidade de vazão aumentada em 30% com o escoamento de 100 metros cúbicos de água por segundo.

A construção das alças viárias permite a interligação da rua Ceará com a avenida Ricardo Brandão. (Foto: João Garrigó)
A construção das alças viárias permite a interligação da rua Ceará com a avenida Ricardo Brandão. (Foto: João Garrigó)

Com 80% do trabalho concluído, as obras prosseguem agora com a instalação de proteção para o pedestre ao longo do viaduto; construção de um muro de arrimo ao lado do Condomínio Cachoeirinha; construção de uma calçada de concreto; mais um muro de 1,80 metro de altura ao lado do condomínio para isolar o barulho dos carros que trafegam pela alça; a conclusão da quarta alça; e também com a restauração dos taludes em alguns pontos do Córrego Prosa até a Rua João Crippa. No próximo ano, em março, será concluída a obra do Shopping e também a construção do Parque das Águas.

Segundo o prefeito, a quarta alça não foi entregue agora porque a obra é mais complexa, tem uma técnica de engenharia diferenciada e leva o nome de "solo grampeado". “Eles vão colocar uns ferros no solo e injetar concreto lá dentro, que é auto expansivo para pode impedir a queda do talude que ficará muito retilíneo em relação à alça que sai da Ricardo Brandão para a Rua Ceará”, explicou. Esta alça passa por uma área (que será desapropriada) onde ficava a casa de força da Uniderp.

Radares – De acordo com o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transportes e Trânsito), Rudel Trindade Júnior, para diminuir os casos de acidentes na Rua Ceará, muitos deles com vítimas fatais, além do radar que já existe próximo ao viaduto, serão instalados mais dois nas imediações da Uniderp e também na outra ponta do viaduto. “Os radares vão monitorar a velocidade dos veículos que deverá baixar para 50 km por hora próximo às alças”, informou. Na próxima terça-feira placas avisando sobre o radar serão instaladas na via para alertar os motoristas. A previsão é que em dez dias os radares já estejam funcionando. Outra medida importante adotada foi à construção de um canteiro do viaduto até em frente à Universidade para dar mais segurança aos alunos que fazem a travessia.

(Foto: João Garrigó)
(Foto: João Garrigó)
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