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Economia

Venda de folha deve assegurar R$ 60 milhões à prefeitura em 1º de dezembro

Processo de licitação tem início na segunda quinzena de outubro

Osvaldo Júnior e Aline Santos | 21/09/2017 14:32
Pedro Pedrossian Neto, secretário de Finanças de Campo Grande (Foto: Arquivo)
Pedro Pedrossian Neto, secretário de Finanças de Campo Grande (Foto: Arquivo)

A Prefeitura de Campo Grande inicia o processo de licitação da venda da folha salarial na segunda quinzena de outubro, com o objetivo de arrecadar, ao menos, R$ 60 milhões. O banco vencedor da concorrência depositará esse valor em conta do município no dia 1º de dezembro. Também nesse mês será feito o pagamento do abono dos 25 mil servidores. As informações são do secretário de Receita, Pedro Pedrossian Neto.

Com o início da licitação em outubro, haverá tempo hábil para a prefeitura realizar o pagamento. A folha totaliza R$ 110 milhões brutos, mas, conforme o secretário, o montante relativo ao 13º é menor, porque os convocados não recebem o abono salarial.

“Além disso, também não há plantões da saúde. Então, a folha fica bem menor, em torno de R$ 80 milhões”, detalha. Caso a estimativa de receita do município se confirme, o valor arrecadado cobrirá quase a totalidade do 13º salário.

O secretário afirma que venda de folha é algo que desperta muito interesse dos bancos. “Ao receber, vou ter que depositar na conta de 25 mil servidores ativo e inativos. Ele vai ter, pelo menos, R$ 110 milhões todo mês pingando nas sua contas. Vai ter consignado, cartão de crédito, tarifas”, argumentou. Conforme Pedrossian Neto, o Bradesco, o atual agente financeiro, é “um dos grandes candidatos”.

“Nós definimos que a licitação vai ter o valor mínimo de R$ 50 milhões, como partida, e os bancos vão disputar entre si quem dá o maior lance. Esperamos um valor acima de R$ 60 milhões. Esse recurso vai ser usado integralmente para o pagamento do 13ª do funcionalismo”, informou o secretário.

O contrato com o Bradesco, com duração de 60 meses, vence em julho de 2018. A venda antecipada da folha não significa quebra contratual. Apenas a negociação é antecipada, mas o contrato segue até o seu encerramento e, só depois, o próximo banco (ou até mesmo o Bradesco) assumirá a folha.

A última venda da folha foi em 2012, na gestão de Nelsinho Trad (PMDB), e o município arrecadou R$ 33 milhões.

Matéria editada às 15h25 para correção de informações. 

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