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Esportes

Com proposta de reabilitação, projeto revela paratletas na lagoa de parque

Amanda Bogo | 26/05/2017 14:52
Jean durante treinamento de canoagem no Parque das Nações Indígenas (Foto: Reprodução/ Facebook)
Jean durante treinamento de canoagem no Parque das Nações Indígenas (Foto: Reprodução/ Facebook)

A paracanoagem é uma modalidade ainda recente que vem conquistando adeptos por todo o país. Projeto desenvolvido no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, tem utilizado a modalidade para resgatar a esperança e auxiliar pessoas que viram suas vidas mudarem de uma hora para a outra.

O projeto é denominado Canoagem Nações Indígenas e oferecido pela FCAMS (Federação de Canoagem de Mato Grosso do Sul). As aulas são dadas pelo canoísta e professor de educação física Thiago Constantino. Com os paratletas, o foco é o treinamento para competições profissionais.

A estudante Thalia Madla da Silva Britto, 18, é uma das seis pessoas que fazem parte do grupo de paratletas. Após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) há um ano e dois meses, ela perdeu os movimentos do lado esquerdo do corpo. Foi com a paracanoagem que ela encontrou uma forma de reabilitação.

Thalia conta que esporte auxiliou em sua recuperação e busca seguir profissionalmente  (Foto: Reprodução/ Facebook)
Thalia conta que esporte auxiliou em sua recuperação e busca seguir profissionalmente (Foto: Reprodução/ Facebook)

"A maior parte da recuperação dos meus membros superiores por causa da canoagem, ganhei força e equilíbrio e melhorou meu braço em 100%”, contou.

Thalia ficou em terceiro lugar na segunda etapa estadual da paracanoagem, disputada no dia 14 deste mês. “Eu vejo como uma forma que achei de encontrar novos rumos para a vida, novos sonhos. Quero melhorar cada dia mais e conseguir mais para frente ir para o Brasileirão e as Paralimpíadas”.

Foi um acidente de trânsito que mudou a vida de Jean Carlos Panucci, 22 anos. Em agosto do ano passado, ele pilotava uma moto pela avenida Cônsul Assaf Trad quando foi fechado por um caminhão. O rapaz perdeu a perna esquerda e foi amputado até a altura do joelho.

“A canoagem foi boa demais. No começo treinei pouco tempo por conta da locomoção, mas me deu uma nova visão de vida. Nunca pensei em fazer canoagem ou outro esportes”.

Jean, que trabalha na área de tecnologia, hoje faz parte do Caira (Centro Arco-Íris Reabilitação Alternativa), além de treinar no Parque das Nações. A meta é participar de uma competição em Sonora – distante 364 km de Campo Grande – em junho, além de continuar em outras competições no esporte.

“Conheço várias pessoas que tiveram uma situação de depressão, às vezes pessoas em situações piores que a minha. A canoagem é um incentivo. Não é fácil porque você tem que aprender. Mas o jeito que ela vai lutar para aprender a canoagem, ela vai ver que a vida não acabou e tem que lutar por outras coisas”, finalizou.

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