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Artes

Chuva não tirou brilho de espetáculo em “telhado” de museu

Um dos grupos dançou debaixo de chuva e emocionou o público, depois, as apresentações continuaram dentro do museu

Thailla Torres | 09/12/2019 12:00
Para os mais antigos o momento foi de nostalgia. Aos mais jovens, subir na laje ou “no teto” foi um instante de descobertas. (Foto: Thailla Torres)
Para os mais antigos o momento foi de nostalgia. Aos mais jovens, subir na laje ou “no teto” foi um instante de descobertas. (Foto: Thailla Torres)

O último fim de semana foi de uma cidade culturalmente viva. Teve ocupação artística em obra abandonada emblemática, programação para pedestres na Rua 14 de Julho, quintal gigantesco com arte independente produzida em MS e, por último, o domingo fechou de um jeito que o campo-grandense não está acostumado, com espetáculo de dança na laje do museu que é ponto turístico na Avenida Afonso Pena.

Quem passou pelo trecho em frente ao Museu das Culturas Dom Bosco, assistiu cerca de 20 minutos de cores e sons. O motivo era a retomada do projeto que leva espetáculo de dança para a laje do museu após uma pausa de 10 anos.

A chuva parecia que ia afastar o público, mas a beleza, o som e a curiosidades atraíram as pessoas. Do outro lado da avenida, quem estava em um bar também observava. Parte do público era composto por familiares e amigos que foram para prestigiar os bailarinos. Aos pouquinhos, curiosos e donos de carros estacionados no parque se aproximaram.

 Grupo Atelié de Dança, que deu um show de resistência e amor à dança, mesmo debaixo da chuva que começou nos primeiros minutos da música. Eles dançaram até concluir a apresentação. (Foto: Assessoria de Imprensa UCDB).
Grupo Atelié de Dança, que deu um show de resistência e amor à dança, mesmo debaixo da chuva que começou nos primeiros minutos da música. Eles dançaram até concluir a apresentação. (Foto: Assessoria de Imprensa UCDB).

Esse é um projeto realizado pela Universidade Católica Dom Bosco em parceria com a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul e executado pelo professor Roberto Figueiredo. Ele lembrou que as apresentações na laje ocorreram em 2007, 2008 e 2009, anos em que a avenida era lotada aos fins de semana. “Muita gente assistia. Era uma forma de mostrar uma atividade para o campo-grandense”.

Ontem, a retomada aconteceu após Roberto atender a muitos pedidos. “Foram os próprios artistas que nos procuraram pedindo a volta das danças no museu. E eu achei isso muito bonito porque mostra que o projeto não caiu no esquecimento”.

Para os mais antigos o momento foi de nostalgia. Aos mais jovens, subir na laje ou “no teto” foi um instante de descobertas. Do outro lado da grade, o encantamento foi maior para quem nunca se quer tinha olhado para o museu.

Quem abriu o espetáculo foi o grupo de dança Ararazul, da UCDB, com a coreografia “Para todo fim um novo começo”. O evento ainda contou com outros 18 grupos de dança da cidade. Depois da segunda apresentação, quem subiu na laje foi o grupo Atelié de Dança, que deu um show de resistência e amor à dança, mesmo debaixo da chuva que começou nos primeiros minutos da música. Eles dançaram até concluir a apresentação, mesmo debaixo de chuva.

Público que assistiu do lado de fora. (Foto: Thailla Torres)
Público que assistiu do lado de fora. (Foto: Thailla Torres)

Ao final da dança, com aplausos e gritos, equipes e bailarinos precisaram se retirar do espaço e dar continuidade ao evento dentro do museu. Embora a chuva tenha chegado com força e acabado com o palco a céu aberto, quem ficou se emocionou.

“Esse projeto tem tudo para comover. Levar dança e arte gratuita para a população, de um jeito tão especial, na laje de um museu, trabalha com as emoções e causa interação entre os grupos, ou seja, as energias se entrelaçam. É um evento que não pode cair no esquecimento nunca mais”, pediu a bailarina e diretora do Ballet Isadora Duncan, Neide Garrido.

Quem compartilhou do mesmo sentimento do foi Chico Neller, criador de uma das companhias de dança mais importantes do Estado, o Ginga. “É um espaço cênico não só para dança, mas para outros espetáculos”, diz. “Domingo, a Afonso Pena tem um movimento que já faz parte da cultura do campo-grandense e acho que levar arte para o público em um momento como esse é muito importante”.

O empresário Mario Pedroso deixou o museu encantado. “O tempo prejudicou um pouco, mas vimos a dedicação principalmente do grupo quando começou a chuva, a entrega deles em terminar a apresentação foi linda, o som estava perfeito”.

O veterinário Eduardo Ferraz foi preparado, com capa de chuva e muita disposição. Pai de uma das bailarinas se emocionou com o projeto. “Eu achei muito legal, as músicas empolgantes, as três apresentações a céu aberto valeram muito à pena. Vamos continuar aqui prestigiando”, observou.

Além da abertura com Ararazul, os grupos que participaram foram Armazém 67, Atelié de Dança, Estúdio de dança Beatriz de Almeida, Colégio Dom Bosco, Duo Escola de Dança, Funk-se, Espaço de Dança, Hana Aysha Danças Árabes, Isadora Duncan, Kerubins, Luna Negra Cia. de Dança Gitana, Nova Geração, Sôma Cia de Dança, Tez Cia. de Dança, Tocando em Frente, Conexão Urbana, Hands UP MS e Movimento de Rua.

Colaborou o jornalista Gilmar Hernandes.

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Quem abriu o espetáculo foi o grupo de dança Ararazul, da UCDB, com a coreografia “Para todo fim um novo começo”. (Foto: Assessoria de Imprensa UCDB).
Quem abriu o espetáculo foi o grupo de dança Ararazul, da UCDB, com a coreografia “Para todo fim um novo começo”. (Foto: Assessoria de Imprensa UCDB).
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