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Artes

Antes de lançar o primeiro álbum, Pilar já vai tocar no Brazilian Day

Aos 24 anos, ela explica que sempre amou a música, mas não imaginava ser cantora

Thailla Torres | 16/06/2019 07:23
Pilar quer lançar seu novo disco e apresentar canções em Campo Grande. (Foto: Gleeson Paulino)
Pilar quer lançar seu novo disco e apresentar canções em Campo Grande. (Foto: Gleeson Paulino)

Cantora, compositora e administradora, Pilar Gomes Moura hoje vive em São Paulo. Nascida em Campo Grande, ela está prestes a lançar seu primeiro disco, já gravou uma música com Zeca Baleiro e neste mês se apresentará no Brazilian Day, em Estocolmo, na Suécia.

Por telefone, ela conversou com o Lado B sobre trabalho pouvo conhecido por aqui. Pilar diz que precisou ouvir o coração para seguir na música e dá o pontapé inicial na carreira já com duas chances surpreendentes.

Aos 24 anos, Pilar explica que sempre amou a música, mas não imaginava ser cantora. Nasceu em um berço musical. O tio, conhecido artisticamente como Fernando Bola, é um destaque na bateria. A mãe, sempre muito musical, deixava discos de música clássica tocando no quarto para que a filha escutasse.

“Comecei a fazer música com 5 anos, tocava flauta e isso sempre foi uma coisa que me fez muito feliz. A música era um remédio. Eu voltava para casa feliz das aulas de música. Então eu passei para o piano e a escola de música enxergou minha aptidão para cantar”.

No entanto, sem muita perspectiva com a música, Pilar decidiu cursar Administração em São Paulo. Anos depois, Pilar perdeu o pai, vítima de um câncer, e encontrou na música forças para superar o luto.

“Foi um momento difícil, fiquei muito mal e fui passar um tempo em Campo Grande. Quando tudo aconteceu, a primeira coisa que me deu vontade de fazer quando estava na fase de recuperação foi procurar a música. Lembro que sai tão bem da aula e comecei a repensar minha vida. Demorou um tempo para tomar coragem e me jogar de cabeça na música, mas meio tio acabou me apoiando e me guiando”.

Pilar começou no canto erudito, mas nos últimos tempos vem vivendo um amor com o jazz. De músicas gravadas, ela já contabiliza 11 faixas. Boa parte autoral e até releituras, como La Belle De Jour, de Alceu Valença.

Seu primeiro disco chamado “Gentilmente”, traz canções como “Favela City”, gravada com participação do Zeca Baleiro, depois que o cantor ouviu no estúdio sua música e se ofereceu para participar da canção. A música aborda desigualdades de gênero, social e econômica. Tem também “Tchau Querido”, que apesar de falar de um relacionamento antigo, fala bastante do desapego. “Gentilmente” fala também do feminismo e de amor próprio. “Uma certeza na música é que eu queria compor e fazer as minhas próprias canções”, explica.

Sobre tocar no Brazilian Day, Pilar conta que foi uma “emocionante coincidência da vida”. A chance ocorreu quando tocava, no mês passado, na programação paralela a virada cultural de São Paulo. Neste dia, um dos curados do festival escutou Pilar cantar e fez o convite. “Fiquei muito feliz e emocionado, afinal esse vai ser o maior evento que eu vou participar até agora”.

Pilar solta a voz com boas afinações e articulação. Talvez o aspecto mais surpreendente seja exatamente o seu lado compositor e o bom no domínio da voz, suave e gosta de ouvir, sem nenhum estresse. Agora, seu maior desejo é finalizar o disco e ter a chance de apresentar o trabalho a Campo Grande. “Quero muito voltar e passar uma temporada pertinho de casa, apresentando meu primeiro disco”, conclui,

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