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Artes

Atendendo aos pedidos do mercado, UFMS agora tem curso superior de Audiovisual

Na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, 30 vagas foram abertas, no curso que tem duração de 4 anos e é integral

Thaís Pimenta | 28/08/2018 08:38
Cena do filme "Enterro", de Tania Sozza e Fábio Flecha, foi gravado por profissionais de Mato Grosso do Sul e é prova viva de que Estado só tende a crescer com o curso. (Foto: Kojiroh)
Cena do filme "Enterro", de Tania Sozza e Fábio Flecha, foi gravado por profissionais de Mato Grosso do Sul e é prova viva de que Estado só tende a crescer com o curso. (Foto: Kojiroh)

A novidade foi anunciada em agosto pelo site da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul): a criação do Curso de Audiovisual (bacharelado), que abre suas inscrições já no ENEM de 2018, com 30 vagas e quatro anos de estudos no período integral – manhã e tarde.

A notícia faz a alegria do mercado, que desde 2013 solicitava à UFMS a instalação de um curso do tipo, diz a diretora Tânia  Sozza, da Render Brasil Produções. “É um curso que veio para contribuir de todas as formas. Nós temos muita carência de cursos de formação relacionados ao audiovisual no Brasil, então creio que vai ser um divisor de águas para Mato Grosso do Sul, porque vai incentivar profissionais a se qualificarem e a continuarem em Campo Grande”, diz ela.

Num momento em que o mercado vive um “boom” de produções regionais, a vontade é que o curso contribua para a profissionalização da “Indústria do Audiovisual”. “Esse termo existe porque nossas produções envolvem profissionais de vídeo, de comunicação, de artes, de divulgação, então é um processo muito complexo. Sonhamos em um dia viver essa realidade por aqui e, com certeza, esse é um primeiro passo para aumentar a demanda de projetos”.

Faculdade já solicitou renovação dos equipamentos. (Foto: Acervo Facebook)
Faculdade já solicitou renovação dos equipamentos. (Foto: Acervo Facebook)

Vera Penzo é a diretora da Faculdade de Artes, Letras e Comunicação, antigo CCHS (Centro de Ciências Humanas e Sociais), e a professora diz que o curso é uma ousadia sonhada há muito tempo, que só foi possível depois dessa expansão do CCHS até se tornar uma faculdade completa.

“O curso transita no campo da arte, pra comunicação e passa pelas letras, então por isso nós começamos um processo bem horizontal, chamando os professores que tivessem interesse em participar da criação. O projeto foi encaminhado em 2014 e visa dar vazão para produção acadêmica que já existe nos três cursos que englobam o Audiovisual”, diz ela.

“Nós temos produtoras de vídeo, empresas de televisão, então pensamos que vai, realmente, contribuir para esse mercado que está em expansão”, completa Vera.

Ela afirma ainda que a UFMS já vem recebendo elogios de outras Federais da Bahia e do Rio de Janeiro, por exemplo. "Em um raio de 700 km não encontramos nenhum curso de audiovisual com nível superior. Então é muito longe e dispendioso pra quem mora em Campo Grande se deslocar para formação, então é uma verdadeira ousadia desenvolver esse projeto, e só temos coisas boas a comemorar".

Documentário do Grupo Acaba mostra que são varios os gêneros possíveis dentro do Audiviosual e que tem muita cultura e arte sendo produzida por aqui. (Foto: Tania Sozza)
Documentário do Grupo Acaba mostra que são varios os gêneros possíveis dentro do Audiviosual e que tem muita cultura e arte sendo produzida por aqui. (Foto: Tania Sozza)

Por enquanto, sabe-se que o curso vai dividir as salas e os laboratórios com Jornalismo, Artes Visuais e Letras. Ao todo, segundo Vera, são 20 laboratórios, sendo que alguns deles podem receber atividades. Por mais que muitas renovações já tenham sido feitas, alguns materiais utilizados continuam desatualizados, e a preocupação de muitos alunos é em relação aos equipamentos.

A respeito do tema, Vera diz que já foi solicitado para a Reitoria a compra de novos equipamentos, entre câmeras, computadores e softwares. “A gente espera que até o início do ano nossa infraestrutura esteja renovada”, diz ela.

O professor Marcos Paulo da Silva, que compôs a Comissão do Projeto Pedagógico, diz que o primeiro semestre do curso será teórico, o que dá um fôlego a mais em relação a este ponto.

Além dele, outros sete professores completaram a Comissão, são eles Rosi Mara Pinheiro, professora de Jornalismo e Mestrado em Comunicação, Marcia Gomes, também do curso de Jornalismo, do Mestrado de Comunicação e do Mestrado em Estudos de Linguagem, Gustavo Rodrigues Penha, do curso de Música, Hélio Augusto Godoy de Souza, do Curso de Jornalismo e Mestrado em Comunicação, Joaquim Sergio Borgato e Ramiro Giroldo, do curso de Letras e do Mestrado em Estudos de Linguagem.

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Na tela, as produções ganham destaque e profissionais sonham com um mercado qualificado. (Foto: Vaca Azul)
Na tela, as produções ganham destaque e profissionais sonham com um mercado qualificado. (Foto: Vaca Azul)
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