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Artes

Mulherada sai do cinema achando 50 Tons de Cinza mais romântico do que erótico

Ângela Kempfer e Elverson Cardoso | 12/02/2015 15:23
Christian Grey (Jamie Dornan) e a inocente Anastasia Steele (Dakota Johnson).
Christian Grey (Jamie Dornan) e a inocente Anastasia Steele (Dakota Johnson).

Em outdoors, loja de produtos eróticos em Campo Grande tenta lucrar com o filme "50 Tons de Cinza", que estreou hoje no Brasil. Mas se depender da animação de quem sai das salas de cinema, nada vai mudar no fluxo de vendas.

Com sessões de hora em hora, desde às 11h, as primeiras exibições ficaram praticamente vazias e quem apareceu viu mais romance do que sacanagem no longa com direção de.

Por outro lado, muita gente aproveitou a hora do almoço para comprar ingresso, garantir lugar às 20h30 e ver o resultado da adaptação sobre o sadomasoquista Christian Grey (Jamie Dornan) e a inocente Anastasia Steele (Dakota Johnson).

Mas o problema nem é a procura. O que a maioria tem reclamado é da pouca pornografia da versão cinematográfica do best seller da escritora E. L. James. Quem foi esperando grandes momentos no “quarto vermelho da dor”, ninho de sadomasoquismo entre os dois, encontrou um mocinho que nem completamente pelado fica na tela.

Christian Grey também é bem menos rude do que no livro e Anastácia muito mais ingênua.

As amigas decidiram assistir ao filme logo na estreia. (Foto: Alcides Neto)
As amigas decidiram assistir ao filme logo na estreia. (Foto: Alcides Neto)
(Foto: Alcides Neto)
(Foto: Alcides Neto)

Hoje, na sessão do meio-dia do Cinemark, apenas mulheres apareceram para a estreia. Para Sueli Marques, de 40 anos, o lado bom foi a semelhança com a obra nas cenas de dominação entre o casal. “Achei muito parecido com o livro, fiel. Para quem gosta é muito bacana, recomendaria”, diz a funcionário pública.

Mas em outros aspectos, a versão do cinema decepcionou a imaginação de quem leu o primeiro livro da trilogia. “Achei que o quarto vermelho fosse mais macabro e não é”, justifica Sueli.

A estudante Amanda Fernandes Barbosa, 23 anos, e a amiga Priscila Guenka, de 22, também foram algumas das primeiras a ver o longa. Nenhuma leu qualquer um dos livros, mas ouviu muito falatório sobre a obra.

Amanda achou romântico, ao contrário da impressão dos leitores que fizeram da história um fenômeno erótico. “Tinha uma imagem diferente. Ouvi falar que o Christian, além de dominador, seria ríspido e até grosso. Mas é bem menos cruel do que imaginava”, comenta. Já Priscila reclama do desfecho. “O final é decepcionante”, avalia.

A atendente técnica Lalesca da Silva, 20 anos, e a amiga Elaine Apararecida Mareco saíram do Centro da cidade para comprar ingressos no Shopping Campo Grande e voltar à noite.

Para Lalesca, o que mais desperta o interesse no filme nem são as cenas de sexo. “Li o primeiro livro e gostei. Me interesso pelo fato de um cara intelectual gostar de uma menina apagada, sem sal e sem açúcar”.

A amiga Elaine quer ver o que rola no quarto vermelho, mas de saída diz que se decepcionou com a escalação do elenco. “Não gostei do ator que interpreta o Christian, a descrição do livro não condiz. No livro é mais viril, com mais cara de homem.”

Para quem espera mais sadomasoquismo da que romance, parece que o jeito é esperar os filmes dos outros 2 livros de E. L. James: "Cinquenta tons mais escuros

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