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Artes

Programa de R$ 12 mi pretende reerguer TV educativa e produções independentes

Daniel Machado e Aline Araújo | 03/02/2015 21:48
Lançado nesta terça (3) para um auditório lotado da TVE, o programa destinará recursos para produções de vídeos, documentários e projetos audiovisuais da Região Centro-Oeste (Foto: Alcides Neto)
Lançado nesta terça (3) para um auditório lotado da TVE, o programa destinará recursos para produções de vídeos, documentários e projetos audiovisuais da Região Centro-Oeste (Foto: Alcides Neto)

Se você é produtor independente, cultural ou de alguma agência multimídia que tem uma ideia na cabeça, mas sempre lhe faltou o dinheiro na mão, talvez os seus problemas possam estar com os dias contados.

Lançado nesta terça-feira (3), um programa do governo estadual em parceria com o governo federal destinará R$ 12.063 milhões para produções de vídeos, documentários e projetos audiovisuais da Região Centro-Oeste.

Para ter acesso a uma parte desse dinheiro o produtor terá de registrar na Ancine (Agência Nacional de Cinema) até dois projetos, dois longas de ficção ou animação, três curtas, dois projetos de documentários e um longa-metragem, com soma de R$ 600 mil. Para finalização de projetos serão R$ 300 mil por filme, dois projetos de produção para a TVE, com R$ 400 mil e três propostas para programa piloto, sendo R$ 240 mil pro projeto.

Essas inscrições, no entanto, tem prazo: 26 de fevereiro.

Esse programa, na verdade, é uma versão regional do programa Brasil de Todas as Telas, da Ancine, viabilizado pela parceria com o Governo do Estado, por meio da TVE (TV Educativa) e Fundação de Cultura.

Uma parte desses recursos será destinada à produção e finalização de documentários e na produção e desenvolvimento de projetos da TVE, afim de incentivar as produções voltadas às emissoras públicas, incluindo comunitárias, legislativas e universitárias.

Como captar os recursos? – Em oficina realizada nesta terça-feira (3), à partir das 19h30, no auditória do Teatro de Arena da TV Educativa, o produtor executivo da Unidade Técnica de Execução da Linha de Produção de Conteúdos Destinados às TVs Públicas do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), João Novais, com a presença do diretor-presidente das emissoras do Estado, jornalista Bosco Martins, produtores e autoridades, esclareceram aos participantes do evento sobre como elaborar os projetos e captar recursos disponibilizados pela Ancine.

“Os critérios que serão levados em conta para a escolha dos projetos são 50% artísticos e de adequação ao tema, 20% de qualificação técnica dos diretores (currículo) e 30% de capacitação das produtoras”, definiu João Novais, que elogiou a iniciativa do Governo estadual. “A TV pública precisa ser pensada de forma aberta de fato, para as produtoras e produtores e iniciativas como esta são uma importante contribuição para isso”, acrescentou.

Bosco ratificou a palavra do colega e complementou: “Esse governo está tratando a TV como investimento e não como despesa. Nós estamos apresentando um projeto ao Governo para que 1% do que é gasto em publicidade retorne para a recuperação da TV pública”, elogiou.

Também presente no evento, realizado no auditório do Teatro de Arena da TV Educativa, o Secretario da Casa Civil do Estado, Sergio de Paula, fez um discurso honesto e sincero sobre a situação, mas sem deixar de lado a visão otimista do futuro da TVE.

“Quando eu vim fazer a primeira visita fiquei decepcionado com o que havia aqui. Por isso, nossa proposta é a de implantar um projeto de reformulação, isto é, de melhorias. A TV Educativa tem que ser um canal de comunicação com a população e é isso que iremos construir juntos”, concluiu.

João Novais (à esq.), do Fundo Setorial do Audiovisual, e  o jornalista Bosco Martins (dir.) diretor das emissoras do Estado (Foto: Alcides Neto)
João Novais (à esq.), do Fundo Setorial do Audiovisual, e o jornalista Bosco Martins (dir.) diretor das emissoras do Estado (Foto: Alcides Neto)
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