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Comportamento

Paixão de Célida por Fusca começou na infância com Azulão herdado da avó

Thailla Torres | 24/01/2018 07:33
não importa o preço, a oferta ou manutenção, não existe preço para quem é apaixonado por Fusca diz a estudante.
não importa o preço, a oferta ou manutenção, não existe preço para quem é apaixonado por Fusca diz a estudante.

A estudante Célida Villalba de Souza, de 31 anos, assume que tem uma paixão sem limites pelo Azulão. E ele também arranca suspiros de muita gente na rua. O objeto de desejo é o Fusca de 1976, que está na família há mais de 30 anos e foi herança deixada pela avó.

Não importa o preço, a oferta ou os custos com manutenção, não existe preço para quem é apaixonado por Fusca, diz a estudante. "Ele é meu xodó, sempre digo que não vendo por nada".

O carro chegou à família dirigido pela avó que levava os filhos para todo lado em Campo Grande. Anos depois, resolveu presentear o pai de Célida. "Minha avó amava esse Fusca, mas deu para o meu pai porque sabia que ele também amava o carro", justifica.

Até o pingente de Fusca.
Até o pingente de Fusca.

Não deu outra, o pai não largou o carro por nada, até 2011, quando resolveu dar um novo destino ao Azulão e presenteou a filha com a herança de família. "Ele sabia que eu também amava, cresci adorando Fusca por causa dele, então decidiu me dar", conta.

Nas lembranças, o primeiro aninho de idade que foi comemorado em cima do Fusca. "Era o carro da família, a diversão, a visita que a gente fazia aos vizinhos e amigos. Sem o Fusca a gente teria que arranjar outro meio de ir à escola, ao parque e supermercado. Tenho até foto de criança em cima dele", lembra.

Depois disso, vieram outras, sempre fazendo pose na frente do Azulão para deixar na memória o tempo que esteve com a família. "Sempre pra registrar que ele é nosso", diz.

A paixão é tanta que Azulão foi parar em retratos e até na corrente que Célida leva no pescoço. Fim de semana, quando chega a hora do passeio, ela deixa qualquer carro para desfilar com o Azulão que arranca suspiros. "Onde eu vou, alguém para e pergunta o ano ou se é tudo original. Em posto de gasolina, é impossível não responder perguntas".

O Azulão também cruza a estrada nas mãos de Célida e ao lado do marido, Cristiano, também apaixonado por Fusca e que tem um modelo semelhante ao da mulher para fazer companhia em todo passeio.

1 de idade em cima do Azulão.
1 de idade em cima do Azulão.
Retratos da adolescência.
Retratos da adolescência.

Hoje ela reclama que tem dó de colocar o Fusca nas ruas diante de tantos buracos. "E olha que eu acho mais fácil enxergar os buracos com ele, mas a gente tem tanto zelo que as vezes dói andar com ele por aí".

Na mãos de Célida, Azulão também foi todo reformado. A cor azul clara deu lugar a um tom mais forte, o estofado e o teto foram trocados, e a parte mecânica está impecável. "Ele vai longe, a gente viaja para convenções e encontros sem nenhum problema".

Mas a beleza e originalidade é o que conta. Do lado de dentro do som ainda é o mesmo e funciona. A bola de câmbio ainda tem um siri, item de personalização comum antigamente. "Muitos ainda têm, por isso resolvi manter", diz.

Na rua, apesar de todos os elogios, Célida afirma que também há quem torce o nariz por achar que é mais um carro velho na rua, mas ela não se importa. "A vantagem é quando alguém olha e vê que o carro da frente é Fusca, todo mundo respeita, porque todos têm um lembrança", brinca.

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Painel, volante e som originais.
Painel, volante e som originais.
Manopla antiga com siri.
Manopla antiga com siri.
Azulão é uma paixão que não tem preço. (Foto: Thailla Torres)
Azulão é uma paixão que não tem preço. (Foto: Thailla Torres)
Célida e o Marido.
Célida e o Marido.
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