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Diversão

Empresário dos EUA promete festival internacional, mas dá golpe de R$ 38 mil

Haydn Philip Agostini, suposto empresário, cancelou o Festival Internacional de Reggae na cidade

Thailla Torres | 16/12/2017 08:24
Danuta diz que caiu em um golpe e está com uma dívida de R$ 38 mil. (Foto: Paulo Francis)
Danuta diz que caiu em um golpe e está com uma dívida de R$ 38 mil. (Foto: Paulo Francis)

Dez dias depois do cancelamento do Festival Internacional de Reggae, em Campo Grande, que seria realizado no dia 9 de dezembro, a produtora cultural campo-grandense disse ter caído em um golpe do suposto produtor cultural e empresário Haydn Philip Agostini, que após cancelar o festival em outras duas capitais brasileiras, desapareceu e a deixou cheia de dívidas.

Para o evento, estavam previstas atrações internacionais como a banda californiana Big Mountain, o holandês Mitchell Brunings e os africanos da Kora Trio. Produtores e até a Big Mountain, segundo Danuta, caíram no "conto do vigário", de Haydn. As vítimas pagaram do próprio bolso investimentos para o festival com a promessa de ter as atrações por aqui. 

No entanto, ela não tem contrato oficializado com Haydn, porque diz ter confiado na sua palavra. "O combinado seria ele trazer as bandas e nós da produção local, organizaríamos todo evento. Conversamos durante um ano pelo telefone, inclusive, foi ele quem me prometeu o projeto e acabei aceitando", diz.

Com todo o dinheiro arrecadado, a promessa era pagar os custos e dividir o lucro com o empresário americano. Prém, uma semana antes do evento, ele passou a cobrar dinheiro de Danuta, ameaçando cancelar o festival. "Ele disse que se eu não arrumasse R$ 40 mil, ele não mandaria banda nenhuma para Campo Grande. Depois começou a me tratar mal, dizendo que eu deveria resolver sobre as passagens da banda de São Paulo para Campo Grande e Florianópolis", afirma.

Vocalista da Big Mountain agradece o País. (Foto: Reprodução Instagram)
Vocalista da Big Mountain agradece o País. (Foto: Reprodução Instagram)

Persuasão - Danuta diz que Haydn seduziu ela e até os produtores da banda Big Mountain, que ao invés de receber um 'sinal" como garantia de pagamento, custeou do próprio bolso as passagens aéreas e a hospedagem no Brasil. "Ele tem tanta lábia que conseguiu dobrar a produção da banda que gastou R$ 15 mil dólares entre passagem, hospedagem, visto de entrada no Brasil e uma parte do cachê da banda. Mas quando chegaram aqui, não havia show e o produtor americano sumiu", conta.

Segundo a produtora, a banda cantou apenas em um bar de Florianópolis e se despediu do Brasil na última quarta-feira. Apesar do 'golpe', o vocalista Joaquim Quino McWhinney saiu agradecendo a recepção no País. "Sinto sua falta, Brasil. Mas é tão bom estar em casa. Obrigada por tudo", publicou em seu perfil no Instagram.

O Lado B entrou em contato com a produção da banda que não respondeu as solicitações. Já o dono da empresa Stage Music Park, em Florianópolis, onde o festival também seria realizado, afirmou que o produtor americano "sumiu e até o momento, a casa não recebeu informações sobre os motivos que levaram ao cancelamento", disse o proprietário Eduardo Cabral.

Conforme Danuta, esse é Haydn Philip Agostini, que aplicou um golpe. (Foto: Reprodução Facebook)
Conforme Danuta, esse é Haydn Philip Agostini, que aplicou um golpe. (Foto: Reprodução Facebook)

Danuta diz que está com uma dívida de R$ 38.750 após ter investido em propagandas, panfletagens, outdoor, painéis de LED e gasolina para fazer a divulgação pela cidade. Enquanto Haydn, simplesmente, desapareceu.

Questionada sobre a ausência de contrato como garantia, Danuta afirma que caiu na lábia do produtor por tê-lo conhecido pessoalmente e tido como referência outros eventos que ele fez em Florianópolis. "Ele me dizia: americano tem palavra e tudo que fala tem que cumprir", conta. E acrescenta. "Por isso fui me desdobrando e acreditando que tudo daria certo. Não foi uma coisa que acreditei de uma hora para outra, busquei informações, mas ele é envolvente e tem lábia", afirma.

Com evento orçado em R$ 90 mil, segundo Danuta, só foram vendidos R$ 5 mil em ingressos. Valores que ainda estão sendo devolvidos, garante. "Vamos devolver tudo, até porque nós fizemos a nossa parte. Estava tudo garantido por aqui, mas de repente quem descumpriu tudo foi ele. O único problema é que agora estou cheia de dívidas e tenho medo que isso queime o meus projetos no futuro. Por isso quero esclarecer que nós fizemos tudo certo, mas no fim ele fez um fiasco com todos os outros produtores".

Danuta diz que vai entrar com processo contra Haydn Philip Agostini, mas até o momento só registrou uma denúncia online pelo site da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.

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