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Diversão

Frida Libre é projeto novo que ensina até fazer samba com utensílios da cozinha

Um encontro para o público curtir moda, gastronomia vegana, arte e música

Thailla Torres | 15/12/2018 08:30
Lina Anunciação é a idealizadora do projeto. (Foto: Kísie Ainoã)
Lina Anunciação é a idealizadora do projeto. (Foto: Kísie Ainoã)

De um cômodo para o outro, numa casa da Rua Sebastião Lima, muda bastante o estilo. De roupas com recortes para lá de modernos a quadros inspirados em nudes femininos, o que não falta é arte e a disseminação da diversidade. Essa é o proposta do projeto Frida Libre, da artista plástica Lina Anunciação, que com sede de fazer diferente criou até oficina de samba com utensílios de cozinha e resolveu dar aula de inglês por preços mais acessíveis.

Não basta, aliás, ser só convidado. Num mercado de arte dividido entre a liberdade e a censura, é preciso se livrar das amarras para entender que cada objeto ali tem proposta, especialmente, de pensar o mundo com a simplicidade.

Tambores nativos e o didjeridu que são produzidos por Licio. (Foto: Kísie Ainoã)
Tambores nativos e o didjeridu que são produzidos por Licio. (Foto: Kísie Ainoã)

Isso foi o que motivou Lina a estrear de vez o projeto, desde que voltou para Campo Grande e percebeu que as coisas por aqui são bem diferentes. "Principalmente no universo da Arte", afirma. "Morei muito tempo fora do País, trabalhei em muitos festivais e arte sempre foi meu ponto de partida. Mas queria algo diferente e acessível, que desse oportunidade de conhecer outro universo", explica Lina que há três anos pesquisa sobre arte e atuação da mulher no mercado.

Tudo o que Lina gosta, ela dissemina. "Trabalho com arte, moda, tinta, tudo que eu realmente gosto e vejo que é difícil encontrar na cidade por uma questão de estilo". 

Além de aulas de História da Arte, Lina produz as próprias roupas que compõe a coleção de sua marca Mandrágora que agora divide espaço com a Belo Trapo, da estilista e sócia Nara Leite, que há anos produz peças sustentáveis. "Minha roupa é bem recortada, tem uma simetria e proposta própria, com linha feminista e empoderadora", explica Lina.

Pelos ambientes, além dos quadros de Lina, há esculturas de artistas locais como Jonny Lima e Aldo Nunes, trabalhadas com pedra, madeira e papel machê.

Do lado de fora, a marca Dona Arteira tem produtos naturais com sabonetes terapêuticos , que trata a pele e as emoções, de acordo com a marca.

Licio de Castro, ator e artesão esteve no espaço com instrumentos nativos, feitos por ele, como o didjeridu um instrumento de sopro dos aborígenes australianos.

Mas hoje a oficina que mais chama atenção é a de samba com utensílios de cozinha. É possível animar um evento enquanto prepara uma receita, por exemplo, Lina diz que sim. "É uma oficina de samba de boteco, em que você aprende a tocar com o copo, com a colher ou a caixinha de fósforos, é realmente aprender a fazer samba com as coisas que você tem em casa", garante.

No local Lina também vai dar aulas de inglês por R$ 95,00 mensais e propõe rodas de conversa sobre Arte e Filosofia. "Minha proposta não é fazer um grande rolê, mas propor a troca de conhecimento. Esse é um lugar para encontros".

O projeto será sempre no Frida-se, espaço colaborativo que fica na Rua Sebastião Lima, 237.

Produtos naturais da Dona Arteira. (Foto: Kísie Ainoã)
Produtos naturais da Dona Arteira. (Foto: Kísie Ainoã)
Bonecos de Licio feitos com galhos e fibras. (Foto: Kísie Ainoã)
Bonecos de Licio feitos com galhos e fibras. (Foto: Kísie Ainoã)
Frida Libre é projeto novo que ensina até fazer samba com utensílios da cozinha
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