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Meio Ambiente

Criador tinha autorização, mas capturava até ave em risco de extinção

Polícia e Imasul apreenderam em fazenda, 26 pássaros engaiolados e armadilhas

Marta Ferreira | 08/08/2019 14:25
Pássaros estavam em fazenda, engaiolados. (Foto: PMA)
Pássaros estavam em fazenda, engaiolados. (Foto: PMA)

Policiais e fiscais ambientais de Mato Grosso do Sul apreenderam nesta quinta-feira (8), 26 pássaros, gaiolas e alçapões, usados na captura de aves silvestres, em uma fazenda de Pedro Gomes, a 309 km de Campo Grande. O criador foi multado em R$ 64 mil por crime ambiental. A situação encontrada no local indica que ele até tinha autorização para criar pássaros, mas fazia captura na natureza, prática proibida para animais silvestres. No meio dos pássaros, havia dois da espécie bicudo-verdadeiro, que corre risco de extinção.

Segundo a PMA divulgou, a informação chegou através de denúncia anônima de que, em uma fazenda, havia várias aves silvestres engaioladas. As equipes foram ontem (7) à propriedade rural e encontraram na residência do local 29 gaiolas. Em cada unidade, uma ave. Também foram achadas armadilhas.

Dos pássaros, três eram da espécie canário-belga, isentos de controle ambiental, conforme legislação. As demais eram silvestres, um papagaio, dois canários-da-terra, 11 bicudos-verdadeiros e 15 curiós. Só as aves das duas últimas espécies estavam com anilhas, procedimento obrigatório para criadores autorizados.

Errado - Ao verificar a situação do dono dos animais, as equipes identificaram que ele tem autorização, mas estava cometendo várias irregularidades administrativas e também crime ambiental. Primeiro, o alvará era para a cidade de Sonora, portando, pelas regras, os pássaros não poderiam estar em outra cidade.

“Havia animais sem anilhas, indicando que o criador fazia captura e, inclusive, foram encontrados alçapões”, informa a PMA na nota divulgada. Diante das constatações, 26 aves com gaiolas e três armadilhas foram apreendidas.

O infrator, de 47 anos, não estava no local, mas foi identificado pela companheira e responderá por crime ambiental. Se condenado, a pena é de seis meses a um ano de detenção. O criador também foi autuado administrativamente e multado em R$ 64.000,00, tendo em vista que havia animais na lista de espécies em extinção, fator de aumento do valor da multa.

Outro motivo para que a punição financeira seja maior é a presença dos papagaios entre os pássaros. Embora não esteja em lista de extinção, o animal é relacionado em uma convenção internacional de proteção a animais e por isso a multa também fica maior. Para os outros pássaros, ela é de R$ 500, para animais em extinção e presentes nesta lista, o valor passa para R$ 5 mil.

Os pássaros foram encaminhados ao Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), na Capital.

Papagaio, embora não esteja em lista de extinção, também rende multa maior que outras espécies.
Papagaio, embora não esteja em lista de extinção, também rende multa maior que outras espécies.

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