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Meio Ambiente

Audiência para debater poluição de rios lota Câmara de Bonito

Situação dos rios da região de Bonito, Jardim e Bodoquena preocupa setor turístico e ambientalistas.

Izabela Sanchez e Aline dos Santos, enviada especial a Bonito | 10/12/2018 09:20
Participantes lotam auditório da Câmara Municipal de Bonito (Foto: Kisie Ainoã)
Participantes lotam auditório da Câmara Municipal de Bonito (Foto: Kisie Ainoã)

A lama cedeu de duas fazendas, atingiu o Rio da Prata na região de Jardim, a 233 km de Campo Grande, que exibiu águas turvas em novembro. A situação é um dos cenários discutidos, nesta segunda-feira (10), em audiência pública na Câmara Municipal de Bonito, a 257 km da Capital. “SOS Serra da Bodoquena” reúne autoridades que vão debater ações de emergência, prevenção e manejo na região dos rios que simbolizam o turismo da região.

Titular da Semagro (Secretaria do Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck afirma que o governo vai apresentar proposta na audiência. Durante a discussão, afirma, autoridades de diversos setores devem debater a legislação estadual, municipal e federal, além de ouvir sugestões.

Verruck explica que sobrevoou as duas fazendas responsáveis pela lama que atingiu o rio da Prata. O secretário afirma que é possível que a região concilie a atividade agropecuária com a exploração do turismo. Para isso, afirma, é necessário, entre outras ações, um programa de conservação de solo adequado. Segundo o secretario, os problemas no rio foram causados por fazendas durante a troca de pastagem por atividades de agricultura.

Rio da prata, no balneário de Jardim, com as águas turvas (Foto: Divulgação)
Rio da prata, no balneário de Jardim, com as águas turvas (Foto: Divulgação)

Rio de lama – Além do rio da Prata, o Formoso também exibiu águas turvas. Propriedades adjacentes aos rios representam parte do problema, quando não apresentam curvas de nível, a lama das propriedades desce e atinge os rios. Além disso, a estrutura das estradas também provoca, durante as chuvas, o desabamento de terra.

Donos de duas propriedades rurais ao redor do Rio da Prata, no município de Bonito –a 257 km de Campo Grande–, foram notificados pelo Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) por não terem construído curvas de níveis durante o manejo do solo para o plantio de soja.

A falta de manejo correto nas propriedades e estradas não é, ainda assim, o único problema. Uma grande preocupação é a deterioração da mata ciliar, barreira natural para evitar a degradação do rio e ação direta das chuvas. Além disso, há, também, agressões aos banhados, territórios planos e pantanosos onde nascem os rios como o Prata e Formoso, com a incidência de lavouras.

Audiência pública – No início do encontro, o promotor de Justiça Alexandre Estuqui Junior discute os principais problemas da região, seguido por abordagem técnica do promotor Luciano Furtado Loubet. Pesquisadores, Prefeitura e Câmara Municipal também realizam apresentações durante a audiência.

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